Ministro defende integração energética
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
Em pronunciamento na abertura do Seminário Internacional: Transição e Integração Energética nos Países Iberoamericanos, no Centro Cultural da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 27 de setembro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque afirmou que o desenvolvimento econômico e social das nações ibero-americanas passa, necessariamente, por uma maior integração energética.
“Não se trata, apenas, da construção de infraestruturas de transporte e comércio de recursos energéticos, mas, também, do compartilhamento de conhecimento de tecnologias, padrões de governança, boas práticas regulatórias e jurídicas”, disse.
Albuquerque destacou em sua fala de abertura que, alinhado às políticas do Governo Bolsonaro, está empenhado em concretizar a abertura do mercado energético brasileiro, de forma harmoniosa e transparente, gerindo expectativas e desenvolvendo diversas iniciativas que visam destravar gargalos em importantes questões nacionais, “sempre, fundamentadas nos pilares da governança; da estabilidade jurídico-regulatória; e da previsibilidade; e em nome, principalmente, do interesse público”, enfatizou.
O ministro afirmou que, apesar das características da matriz energética brasileira, composta majoritariamente, cerca de 85%, por fontes renováveis (hidrelétricas, eólicas, solares e biomassa), e alinhada com o compromisso brasileiro firmado por meio do Acordo de Paris, em que o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37%, até 2025 e em 43%, até 2030, “temos o desafio de desenvolver e aplicar políticas públicas que proporcionem desenvolvimento sustentável, considerando, principalmente, o aumento da demanda de energia, que deverá dobrar nas próximas três décadas”.
Nesse contexto, Albuquerque antecipou que, a partir de janeiro de 2020, será implementado “um dos maiores programas de transição energética no setor de transportes: o RenovaBio”. O programa vai provocar o aumento da participação dos biocombustíveis, orientando investimentos em expansão da produção, que proporcionará um ganho ambiental correspondente à redução de emissões de mais de 22 milhões de toneladas de CO2 por ano.