Equatorial inaugura duas Lt´s no Pará
Da Redação, de Brasília (com apoio da Equatorial) —
O grupo Equatorial Energia colocou em operação duas linhas de transmissão e uma subestação de energia nas regiões oeste e sudoeste do Estado, para compor a área conhecida popularmente como Tramoeste do Pará. O feito é histórico e deve beneficiar cerca de 600 mil pessoas com energia firme e de maior confiabilidade. Realizada por meio da Equatorial Transmissão, empresa que faz parte do Grupo Equatorial, a obra contou com investimento, na ordem de R$ 860 milhões.
A construção das linhas e de todo o sistema que as complementa estava prevista para ser concluída em 60 meses. No entanto, a Equatorial entregou o trabalho em tempo recorde: 30 meses, ou seja, uma antecipação de dois anos e meio em relação ao prazo inicial. A celeridade nas obras teve como objetivo resolver de forma assertiva um problema antigo de fornecimento de energia na região, pois o linhão passava por esgotamento há alguns anos.
O presidente do Grupo Equatorial Energia, Augusto Miranda, detalhou a grandiosidade do empreendimento. “O Tramoeste era atendido por uma única linha de transmissão. Mas agora, com as obras da Equatorial Transmissão, temos a duplicidade de linhas e uma nova subestação de energia para suprir as cargas de Santarém e municípios próximos em um local bem perto da cidade, dando maior confiabilidade e qualidade de energia. Tudo isso deve garantir mais desenvolvimento para a região”, explica.
Com esse incremento ao sistema elétrico paraense, a rede de distribuição de energia, cuja responsabilidade é da Equatorial Energia Pará, passa a ser suprida de forma mais confiável. A alimentação duplicada para as principais subestações daquela área será decisiva na melhoria do fornecimento de energia.
Para o presidente da Associação Comercial de Santarém, Roberto Branco, o novo linhão é motivo de muita festa e alegria. “Nós não podíamos pensar em nada relacionado a crescimento da indústria dos nossos polos sem que tivesse uma energia de qualidade. Então esse momento é histórico e agradecemos ao Grupo Equatorial que executou a obra com qualidade e em tempo recorde”, comemora Roberto.
Números da obra
As duas novas linhas de transmissão do Grupo Equatorial Energia no Tramoeste fazem parte de um complexo denominado LT 230 kV Altamira/Transamazônica C2 e LT 230 kV Transamazônica/Tapajós C1, que fazem referência aos trechos geográficos por onde passam. Juntas, possuem 375 quilômetros de extensão e somam-se aos 61 quilômetros que já existiam do linhão correspondente ao trecho LT 230 kV Xingu/Altamira C1, disponibilizados para a operação da Rede Básica em 24 de setembro do ano passado.
O sistema ainda é composto por mais cinco subestações de energia: a Subestação Xingu, cuja responsabilidade de operação é da empresa LXTE; as Subestações Altamira, Transamazônica e Rurópolis, de responsabilidade da Eletronorte; e a Subestação Tapajós, que é nova e foi construída pela Equatorial Transmissão, com capacidade instalada de 300 MVA.
Os 436 quilômetros da linha de transmissão do Tramoeste passarão por oito municípios paraenses. Incluindo Santarém, Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Mojuí dos Campos, Uruará e Vitória do Xingu. Ainda há 970 torres metálicas ao longo desse percurso para sustentar a estrutura do linhão.
Histórico
Em leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, em 2017, a Equatorial Transmissão, tornou-se a responsável pelo planejamento, projeto básico e executivo, implantação, operação e manutenção das linhas do Tramoeste.
Inaugurado em 1998, o sistema existente esgotou a capacidade de atendimento e em 2014, a agência conseguiu um proponente para construir as obras, porém a empresa que havia vencido a licitação não teve condições financeiras para dar continuidade ao projeto. Sendo assim, a Aneel realizou um novo leilão, no qual a Equatorial Energia arrematou as linhas.
Augusto Miranda ressalta a importância e urgência da construção dos linhões. “Esta é uma obra planejada para ser executada há mais de 20 anos, mas nunca foi de fato operacionalizada. Então, quando vencemos o leilão da Aneel assumimos o desafio de não somente executá-la, mas também de implantá-la no menor prazo possível para atender os consumidores do Oeste Paraense com uma energia de qualidade e que vai trazer inúmeros benefícios. Estamos muito felizes de contribuir para o crescimento dessa região”, diz Augusto.
Embora as necessidades do Tramoeste estivessem relacionadas à transmissão de energia, a Equatorial Pará, desde que passou a ser gerida pelo Grupo Equatorial, preparou a rede de distribuição para fazer frente ao crescimento do mercado, em paralelo às ações de reforço e expansão da Rede Básica. O investimento na região foi de R$ 317 milhões, recurso utilizado na duplicação do total de subestações, que eram sete e passaram a ser 14, além da ampliação de mais outras duas e a construção de 150 quilômetros de linha de transmissão.