CMSE dá suporte ao suprimento na Região Sul
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reuniu na quarta-feira, 04 de março, e avaliou as condições de suprimento de energia elétrica no País, com destaque para o atendimento à região Sul, que enfrenta baixas nos reservatórios por conta de chuvas em níveis inferiores às médias históricas.
O Comitê ressaltou que está garantido o pleno atendimento à carga e adotou medidas excepcionais, considerando que os custos adicionais são necessários para assegurar o gerenciamento das usinas hidráulicas da região e o atendimento energético.
Dentre as medidas, estão: a maximização do intercâmbio de energia para a região Sul; o acionamento de termelétricas não despachadas, priorizando as de menor custo; e a importação de energia da Argentina ou do Uruguai, se necessário, como recurso adicional ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A aplicação dessas medidas, que se iniciará a partir da próxima semana operativa (07 de março), será reavaliada semanalmente pelo CMSE, visando verificar a necessidade da continuidade de sua adoção.
O monitoramento da situação hidrometeorológica da região Sul será realizado por sala de situação, a ser instaurada e coordenada pela Agência Nacional de Águas – ANA com participação ampla de órgãos governamentais e da sociedade em geral.
Ao final da reunião, o Ministério de Minas e Energia divulgou o seguinte comunicado:
“Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) — Nota Informativa – 04 de março de 2020
Informações Técnicas:
Condições Hidrometeorológicas: no mês de fevereiro, a precipitação ficou abaixo da média nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai e Iguaçu, próximo à média na bacia do rio Tocantins e acima da média nas demais bacias hidrográficas de interesse do SIN. Em relação à Energia Natural Afluente – ENA bruta foram verificados valores abaixo da média histórica em todos os subsistemas, com exceção do subsistema Sudeste/Centro-Oeste.
Energia Armazenada: no mês de fevereiro, foram verificados armazenamentos equivalentes de 40,4%, 20,5%, 60,2% e 45,8% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente, e a previsão para o final do mês de março nesses subsistemas é de 57,1%, 29,9%, 73,7% e 70,8%.
Atendimento à Região Sul: O ONS apresentou as condições de atendimento à região Sul e propôs encaminhamento, de forma a minimizar a geração hidráulica na região, garantir a governabilidade das cascatas e visando recuperar seu armazenamento equivalente. A CCEE apresentou avaliação dos custos e respectivas alocações associadas às medidas propostas.
Assim, diante do cenário apresentando, o Comitê ressaltou que está garantido o pleno atendimento à carga e deliberou pela adoção de medidas excepcionais, considerando que os custos adicionais são necessários para garantir a governabilidade das usinas hidráulicas da região Sul. Dentre as medidas, destacam-se:
(i) a diretriz para a maximização do intercâmbio de energia para o subsistema Sul; e
(ii) o despacho de oferta de geração de energia elétrica complementar no subsistema Sul, priorizando o recurso de menor custo entre a geração termelétrica não despachada e a importação sem substituição a partir da Argentina ou do Uruguai, nos moldes do § 13, do art. 1º da Portaria MME nº 339/2018, desde que alocável nesse subsistema. Essas medidas iniciarão a partir da próxima semana operativa (07 de março).
Expansão da Geração e Transmissão: a expansão verificada em fevereiro de 2020 foi de 197 MW de capacidade instalada de geração de energia elétrica, 211 km de linhas de transmissão e 750 MVA de capacidade de transformação. Assim, a expansão em 2020 totalizou até então 290 MW de capacidade instalada de geração, 1.175 km de linhas de transmissão e 2.216 MVA de capacidade de transformação.