Efrain abre nova dissidência na Aneel?
Maurício Corrêa, de Brasília —
Aqueles que acompanham o dia a dia das atividades da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registraram uma divergência pública entre o diretor-geral André Pepitone e o diretor Efrain Cruz, que pode significar um racha entre os dois.
Desde a chegada de Efrain Cruz à agência, ele sempre foi visto como uma espécie de braço direito de Pepitone. Um aliado incondicional em todas as decisões da diretoria da agência reguladora.
Agora, Efrain ficou bravo porque observou que Pepitone está discutindo sozinho a questão do empréstimo destinado a salvar o colapso das distribuidoras na atual crise econômica gerada pelo Covid-19, desconsiderando outras opiniões dentro da Aneel, inclusive de outros diretores.
Na visão de Efrain, por exemplo, o ônus da ajuda às distribuidoras não pode recair unicamente sobre os consumidores.
A fofoca rola solta na agência. Afinal, uma brincadeira que se conta entre os funcionários é que Efrain, quando acordava, pensava assim: “Quando crescer quero ser igual ao Pepitone”. Provavelmente, vai ter que se espelhar em outro ídolo.
A situação não está boa para Pepitone. Afinal, os diretores Sandoval Feitosa e Elisa Bastos costumam trabalhar em dobradinha. À dupla pode se ajuntar agora Efraín Cruz, se a dissidência for confirmada. Além disso, depois que o Congresso der o sinal verde, a Aneel receberá um novo diretor, Hélvio Guerra, que tem relações apenas protocolares com o diretor-geral.
Em outras palavras, Pepitone precisará rezar bastante para aprovar alguma coisa dentro da diretoria da Aneel.