Carta a Maia pede urgência para PL do gás
Maurício Corrêa, de Brasília —
Um documento que deverá ser assinado por 50 associações empresariais interessadas no desenvolvimento do mercado de gás natural (as assinaturas ainda estavam sendo recolhidas na noite desta terça-feira, 09 de junho) será entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, nesta quarta-feira. O documento pede a votação, em regime de urgência, do PL 6407, de 2013, que trata do novo mercado de gás natural.
“Está nas mãos do Parlamento e é urgente! O projeto PL 6407/2013 vem sendo discutido exaustivamente entre vários agentes do setor de gás natural e encontra apoio de diversos segmentos: produtores, transportadores e consumidores. O projeto de lei tem as diretrizes necessárias para promover a competição e a redução sustentável do preço do gás”, diz o documento, que tem como título “Gás para sair da crise”.
Segundo a carta aberta, o novo mercado de gás natural representa “o ápice de um movimento que vem sendo discutido no Brasil há mais de uma década, que pode ter um resultado muito relevante para o desenvolvimento do país e para a reindustrialização, com grande oportunidade de ampliar o crescimento do Brasil”.
Na avaliação das associações signatárias, o gás natural é um insumo fundamental para inúmeros setores importantes da economia brasileira, principalmente em segmentos de produção de alimentos, medicamentos, extração e tratamento de minérios, siderurgia, indústria química, vidros, cerâmica e para geração de energia elétrica.
“O Brasil é dotado de uma riqueza imensa desse gás nas reservas terrestres e marítimas do Pós-sal e do Pré-sal. Em pouco tempo, pode-se dobrar a oferta de gás no mercado e, por meio da introdução da efetiva concorrência, tornar o preço deste insumo competitivo para os mais diversos segmentos de consumo, provocando um efeito virtuoso e sustentável em nossa economia”.
Nos cálculos dos organizadores do documento, a indústria do gás natural e dos produtos associados pode aumentar em R$ 60 bilhões os investimentos no país, gerando mais de 4 milhões de empregos neste momento em que o País está precisando respirar para voltar a crescer.
“O preço de gás definido pelo mercado vai baratear o custo de produção e fazer com que diversos produtos cheguem aos brasileiros com menor custo, podendo reduzir importações e até mesmo aumentar a exportação de produtos industrializados. Além disso, o gás também pode gerar energia elétrica mais barata e mais limpa, garantindo a segurança energética”.