Empresas desenvolvem tecnologia para o SEB
Da Redação, de Brasília (com apoio do Venturus/Dino/AE) —
Com 25 anos de atuação, o Venturus Instituto de Tecnologia ingressa no setor elétrico com a perspectiva de se tornar referência em P&D e Inovação para as empresas de geração, transmissão e comercialização de energia. Sediado em Campinas (SP), o instituto trabalha em parceria com empresas globais de tecnologia nas áreas de telecom, manufatura, saúde, água e energia, meios de pagamento, automotivo, entre outros segmentos. Em 24 meses, a expectativa é que os projetos destinados ao setor de Utilities respondam por 7% do faturamento anual do Venturus. Com isso, o instituto pretende gerar empregos e investir estrategicamente em novas competências tecnológicas.
Investimentos em inovações digitais, automação de redes, valorização das energias renováveis, entre outros fatores, vêm contribuindo significativamente para as transformações do setor elétrico. “Ao ampliar sua atuação, dedicando planejamento e estratégia ao setor de Utilities, o Venturus pretende participar de todos os segmentos da cadeia de geração, transmissão e distribuição de energia oferecendo abordagens e competências para criar novos produtos e serviços, diferenciais que são a tônica do instituto nos mercados em que atua”, afirma Gilson Paulillo, consultor da área de Desenvolvimento de Negócios do Venturus
As competências em áreas como Inteligência Artificial, Analytics, Big Data, IoT, Machine Learning, Deep Learning, Automação e Sensoriamento e, sobretudo, o portfólio de resultados qualificam o Instituto para o novo campo em que pretende atuar.
Alguns investimentos do Venturus no setor de Utilities estão direcionados a soluções para os segmentos de Smart Cities e Smart Grid, Qualidade de Energia, Eficiência Energética, Segurança da Informação, Perdas Comerciais, Automação, entre outros temas estratégicos. “A agilidade e a qualidade técnica do Venturus permitem mobilizar recursos de forma rápida para atender e testar soluções na forma de MVPs, em linha com os conceitos Lean e Agile, impulsionadores da Inovação que cada vez mais têm sido foco do Programa de P&D ANEEL”, afirma Paulillo. “Esta, inclusive, é uma das competências do FTI, grupo de suporte para desenvolvimento rápido de conceitos para os clientes do instituto”, diz.
Nesse aspecto, o Venturus se alinha às discussões em curso no setor elétrico, que preveem maior foco em projetos nas fases finais da cadeia de inovação, conforme o Manual de P&D da ANEEL. “Seguramente, trata-se de uma das grandes competências do instituto, que pode transformar projetos de Desenvolvimento Experimental e Cabeça de Série em soluções comerciais e produtos para atender às empresas, gerando resultados para o setor elétrico”, ressalta Frederico Gonçalves, head de Utilities do Venturus.
A decisão por expandir o campo de atuação do Venturus no segmento de Utilities tem mobilizado também o grupo técnico de Inovação do instituto em temas pertinentes ao setor, tais como Cibersegurança, Portabilidade Elétrica, Internet das Coisas, Indústria 4.0 e Transformação Digital. “Como estratégia, queremos levar para o setor elétrico todo o conhecimento, experiências e resultados de P&D e Inovações, como fazemos com empresas de grande porte de outros setores com as quais trabalhamos, entre elas Samsung, Motorola, LG, Siemens, Sony, Epson, Bosch, Canon e Intelbras”, destaca Marcelo Abreu, gerente executivo do Venturus.
Mobilidade
Entre os trabalhos da jovem equipe do Venturus, destaca-se um projeto de P&D Aneel em Mobilidade Elétrica desenvolvido para a Eneva, empresa brasileira que atua nos setores de geração, exploração e produção de petróleo e gás natural e comercialização de energia elétrica. “Trouxemos para o setor uma plataforma que viabiliza transações de recarga para veículos elétricos de maneira simples, segura e digital”, conta Gonçalves. “Com este projeto nos alinhamos a uma tendência que já é realidade em alguns países europeus e, sem dúvida, chegará ao Brasil”, diz.
Internamente, o grupo de Inovação do instituto vem desenvolvendo um conjunto de soluções com o projeto Casa do Futuro. Aplicadas à iluminação, climatização, segurança, conectividade, comunicação, utilização de equipamentos domésticos, as inovações levam em conta a geração, a gestão inteligente e o armazenamento de energia, entre outros fatores. Voz e dispositivos comandam a casa inteligente do Venturus.
De acordo com Gilson Paulillo, tanto o projeto de Mobilidade Elétrica quanto a Casa do Futuro são exemplares da competência do instituto para atender às demandas do setor elétrico. “São soluções e produtos no conceito Beyond The Meter, em Mobilidade, Eficiência Energética, Sensoriamento e Automação de Redes, além de toda a gama de soluções para endereçar valor ao grande volume de dados disponíveis nas empresas”, destaca o consultor da área de Desenvolvimento de Negócios do Venturus.
Uma das parcerias estratégicas do instituto envolve a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). A partir de um acordo firmado com a universidade, profissionais do Venturus coorientam trabalhos acadêmicos, com destaque para os estudos voltados à Energia. Um dos trabalhos em curso desenvolve algoritmos de recarga inteligente para veículos elétricos em empresas e condomínio empresariais.
Além da contribuição universitária, o projeto Casa do Futuro está buscando parcerias entre as empresas para desenvolvimento de soluções em mobilidade elétrica e geração distribuída. Nesse sentido, a equipe do Venturus prospecta uma residência que gere sua própria energia por meio de painéis solares, utilize os veículos elétricos dos moradores para armazenar energia (conceito conhecido com V2G ou V2H) e disponha um sistema inteligente que auxilie os habitantes a usar toda a infraestrutura da casa com otimização de recursos e redução de custos.
Atualmente, o Venturus está à frente de 72 projetos com grandes empresas da área de TIC e energia. Conta com um corpo técnico de 330 profissionais altamente capacitados, parcerias estratégicas com universidades, a exemplo da PUC-Campinas, e hubs de inovação. O faturamento previsto para este ano é de R$ 72 milhões. O instituto se beneficia de recursos incentivados (Lei da Informática, Lei do Bem e P&D ANEEL) ou capital privado para cocriar soluções inovadoras em parceria com os clientes.