PLD estável no SE/CO, Sul e Norte
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD, para o período de 01 a 07 de agosto, teve uma ligeira diminuição para os submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, passando de R$ 93,25/MWh e indo para R$ 92,98/MWh. Para o Nordeste, os preços apresentaram queda de 10%, saindo de 80,93/MWh para R$ 73,03/MWh.
O principal fator responsável pela diminuição do PLD do Nordeste foi a verificação de maiores níveis de armazenamento nessa região em relação a expectativa anterior.
Além disso, os limites de envio de energia da região Nordeste foram atingidos em todos os patamares, mantendo o descolamento dos preços em relação aos demais submercados.
Os níveis dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) ficaram cerca de 6 MW médios abaixo do esperado. Os níveis estão mais baixos em relação a expectativa anterior nos submercados Sudeste/Centro-Oeste (-1.022 MW médios) e Norte (-272 MW médios), enquanto os níveis estão mais altos no Sul (+617 MW médios) e Nordeste (+671 MW médios).
A carga mensal prevista para agosto teve redução média de 851 MW médios e para setembro não teve alteração.
O fator de ajuste do Mecanismo de Realocação da Energia (MRE) estimado para julho de 2020 é de 68,6% e para agosto, de 61,3%.
O ESS previsto para julho de 2020 está em R$ 16,5 milhões, sendo R$ 10,1 milhões referentes à restrição operativa e R$ 6,3 milhão a Unit Commitment. Para agosto de 2020, a previsão é de R$ 8,2 milhões, referentes apenas às restrições operativas.
Conta Covid-19
Nesta sexta-feira, 31 de julho, a CCEE liberou a primeira parcela da Conta Covid, operação de crédito que vai assegurar R$ 14,8 bilhões para auxílio às distribuidoras impactadas pela pandemia do novo coronavírus. Neste primeiro repasse, serão disponibilizados R$ 11,4 bilhões, o que corresponde a 77% do total a ser destinado às empresas. O objetivo da medida é injetar liquidez no caixa das companhias, que têm o papel de arrecadadoras de recursos para todo o setor elétrico.
“A Conta Covid é uma solução de mercado, estruturada em conjunto com o Governo Federal e as demais organizações setoriais para mitigar os efeitos da queda de consumo e do aumento da inadimplência durante o isolamento social. A iniciativa garante o equilíbrio financeiro e econômico das empresas, ao mesmo tempo em que reduz o impacto imediato nas tarifas que seria sentido pelo consumidor”, diz Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
Os 33% restantes da operação serão liberados mensalmente conforme montantes a serem homologados a cada mês pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Para oferecer maior transparência ao processo, a Câmara de Comercialização disponibilizou em seu site uma página específica para reunir informações e documentos sobre a Conta Covid.
O empréstimo foi financiado por um pool de 16 instituições financeiras lideradas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, sendo o Bradesco o gestor da operação. A composição dos aportes é de 29% dos recursos oriundos de bancos públicos e de 71% de instituições privadas. O custo da operação será de CDI + 3,79%.