Consumo no ML cresce 4% no início de agosto
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
O consumo de energia no mercado livre avançou 4,0% na primeira semana de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o mais recente estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. No mercado regulado, porém, o consumo caiu 4,0% na mesma base de comparação, fazendo com que a retração no Sistema Interligado Nacional – SIN ficasse em 1,3%.
Vale reforçar que os resultados são preliminares e sofrerão alterações até que todos os dados sejam contabilizados, o que pode impactar a comparação com outros períodos. Historicamente, a primeira semana do mês possui índices de coleta mais baixos. Os percentuais não consideram também os expurgos de migrações entre os ambientes.
As informações levam em conta o consumo total do mercado cativo, em que o consumidor compra energia diretamente das distribuidoras, e do livre, que permite a escolha do fornecedor e a negociação de condições contratuais. Além disso, o estudo não calcula os dados de Roraima, único estado não interligado ao sistema elétrico nacional.
Com relação ao consumo de energia por ramo de atividade, expurgados os efeitos de migrações para o mercado livre, os setores com as quedas mais expressivas em agosto, na comparação anual, foram os de serviços (-22%), veículos (-14%) e transporte (-13%). O segmento têxtil, que chegou a ter quedas de dois dígitos de consumo, fechou a primeira semana do mês com retração de 4%. Cinco setores apresentaram alta na comparação anual: bebidas (12%), minerais não-metálicos (8%), saneamento (5%), alimentícios (4%) e metalurgia (3%).
A CCEE analisou ainda o desempenho do consumo de energia elétrica dos estados em agosto. O cenário mostra nove estados em que houve elevação nos volumes consumidos, com maior percentual verificado no Acre (19%). Três estados apresentaram estabilidade no consumo (SC, MG e AL). Na outra ponta do ranking, o Rio Grande do Sul apresentou retração expressiva, de 14%, impactado pelo alto volume de dados faltantes.