ONS indica recuperação na carga de 0,5%
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O boletim semanal do Programa Mensal de Operação (PMO), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), referente à semana operativa de 05 a 11 de setembro, indica uma recuperação na carga de eletricidade de 0,5% no Sistema Interligado Nacional (SIN), se comparado com setembro de 2019. O cenário positivo, no entanto, não é observado em todos os quatro subsistemas.
Enquanto Sul e Norte puxam a alta, o Sudeste e o Nordeste continuam apresentando retração na carga de energia. A queda prevista é de 0,8% no Sudeste, com 39.104 MW médios; e no Nordeste, a diminuição é de 0,5%, com 10.634 MW médios. A região Norte aponta alta de 3%, com 5.918 MW médios, e, o Sul, espera-se uma razoável expansão de 5%, com 11.479 MW médios.
Para a próxima semana operativa, a meteorologia indica manutenção das temperaturas em níveis elevados nas capitais na região Sudeste/Centro-Oeste. No subsistema Sul, as capitais do Rio Grande do Sul e Florianópolis seguem sem variações, enquanto em Curitiba há expectativa de elevação das temperaturas. Para os subsistemas Nordeste e Norte são esperadas ocorrência de temperaturas e precipitação típicas para essa época do ano e semelhantes às observadas na semana vigente.
Já o Custo Marginal de Operação (CMO) segue em alta de 11% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. Vale ressaltar que tais subsistemas vem mantendo há algumas semanas valores equalizados, com custo de R$ 70,47/MWh ante 63,45/MWh da semana anterior. No Nordeste, ligeira alta de 3,5%, com valor de R$ 53,90/MWh contra R$ 52,0/MWh.
Os principais fatores que influenciaram na elevação do CMO nos subsistemas do Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte foram as atualizações da previsão de vazões e previsão de carga. Já na região Nordeste, o principal fator que influenciou na elevação do CMO foi a atualização da previsão de vazões.
O boletim também destaca que os reservatórios, no próximo período operativo, devem apresentar maior volume do que os níveis esperados para o fim deste mês. O Nordeste chega a 74,6% de sua capacidade; seguido da região Sul, com 60,07%; Norte, com 65,9% e Sudeste, com 41,1%. A estimativa é de que as afluências alcancem o melhor desempenho no subsistema Norte com 77% da MLT; no Sudeste/Centro-Oeste, 74% da MLT; no Nordeste 69% da MLT e no Sul, fique em 53% da MLT.