PLD mantém tendência de alta
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE e ONS) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período de 03 a 09 de outubro aumentou 52% para os submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, passando de R$ 172,67/MWh para R$ 261,89/MWh. Já no Nordeste o aumento foi de 3%, o preço passou de R$ 160,33/MWh para R$ 164,86/MWh.
O principal fator responsável pelo aumento do PLD no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte foi a expectativa de redução de afluências aliada ao aumento da carga do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Os limites de envio de energia da região Nordeste foram atingidos em todos os patamares, mantendo o descolamento dos preços dos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte em relação aos demais.
Para outubro espera-se que afluências em torno de 54% da média de longo termo (MLT) para o sistema, sendo 58% na região Sudeste; 46% na região Sul; 50% na região Nordeste e 61% na região Norte.
Para a próxima semana, a expectativa é que a carga do SIN fique em torno de 3.306 MW médios mais elevada do que a previsão anterior, com alta de 2.654 MW médios no Sudeste, 407 MW médios no Sul e 244 MW médios no Nordeste. No Norte a previsão de carga não foi alterada.
Os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 1.684 MW médios abaixo do esperado, com redução no submercado Sudeste (-1.635 MW médios), no Sul (-239 MW médios) e Norte (-16 MW médios). Os níveis estão mais altos somente no submercado Nordeste (+206 MW médios) em relação a estimativa da semana anterior.
O fator de ajuste do MRE estimado para outubro passou de 68,1% para 70,4%. O Encargo de Serviços do Sistema (ESS) previsto para o mês está em R$ 18,5 milhões, sendo R$ 2,8 milhões devido a restrições operativas, R$ 12,1 milhões devido a reserva operativa de potência e R$ 3,6 milhão a Unit Commitment.
ONS estima alta da carga no curto prazo
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a semana operativa de 03 a 09 de outubro sinaliza aumento da carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) em todas as regiões. A expansão esperada deverá ser de 5% no mês, ante outubro de 2019. Os percentuais do subsistema Sudeste voltaram a crescer de forma relevante, com alta de 5,9% e 43.130 MW médios. A região Norte avança 7%, com 6.053 MW médios; e o Sul, atinge 5,3%, com carga de 12.325 MW médios. O Nordeste também demonstra reação e deverá ter aumento de 0,7%, com 11.494 MW médios.
A retomada do consumo de energia pode ser explicada pelo gradual processo de retorno das atividades econômicas no País e ainda as elevadas temperaturas. As previsões meteorológicas indicam para as capitais do Sudeste/Centro-Oeste, ocorrência de tempo quente, semelhante ao comportamento observado na semana corrente. Para o subsistema Sul, é esperado suave declínio das temperaturas, durante a semana em análise, principalmente, em Porto Alegre e Florianópolis. As regiões Norte e Nordeste seguem sem variações significativas nos termômetros e precipitação em relação ao esperado para o período.
Assim como a carga de energia, o Custo Marginal de Operação (CMO) se mantém em movimento ascendente desde o início do mês de setembro. Nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, o valor será de R$ 262,04/MWh, um aumento de 55,29% em relação a semana operativa anterior. Esses subsistemas seguem em alta e equiparados. No período anterior, estavam no patamar de R$ 168,74/MWh. No Nordeste, um crescimento bem menor do que os 136,4% observados na semana passada, variando apenas 2,25% com valor de R$ 162,77/MWh, frente aos R$ 159,18/MWh. Os principais fatores que influenciaram na elevação do CMO em todos os subsistemas do SIN foram as atualizações das previsões de vazões e de carga.
O boletim do PMO estima, para o período operativo, os seguintes volumes nos reservatórios para o fim do mês: Nordeste terminando outubro com 49,6% do seu nível; Norte, com 33,1%; Sudeste, com 24,8% e o Sul, com 22,9%. O ONS projeta ainda, para a semana de 3 a 9 de outubro, que as afluências alcancem 53% da MLT no Norte; 49% da MLT no Nordeste; 48% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste e 32% da MLT no Sul.