Energia é restabelecida integralmente no AP
O fornecimento de energia elétrica no Estado do Amapá foi 100% restabelecido nesta terça-feira, 24 de novembro, com a energização do segundo transformador na subestação Macapá, informou na manhã desta terça o Ministério de Minas e Energia (MME).
A energização do equipamento, essencial para a normalização do fornecimento de energia ao Estado, estava prevista para ocorrer até quinta-feira, 26, mas na segunda-feira, 23, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, sinalizou que essa operação poderia ser antecipada.
Já o MME indicou, na noite de segunda, que o equipamento seria submetido a testes.
A Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LTME) também divulgou comunicado informando que restabeleceu a carga de energia em dois transformadores na sua subestação na madrugada desta terça-feira.
“A LMTE está integralmente mobilizada desde o acidente e trabalhou incansavelmente em conjunto com os demais órgãos governamentais para que a carga voltasse a 100% antes do prazo máximo estabelecido (26/11). A companhia reforça que se solidariza com todos os amapaenses e informa que seguirá empenhada a minimizar os impactos e em transportar energia segura para o estado do Amapá”, afirmou a empresa, em nota.
Aneel retira de pauta aumento da CEA
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu retirar de pauta o processo de reajuste tarifário da distribuidora Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). O relator, diretor Sandoval de Araújo Feitosa, afirmou que pretende aprofundar cálculos e simulações, mas sinalizou que será possível aprovar uma redução nas tarifas dos consumidores do Amapá.
A data base do reajuste é 30 de novembro, e o processo voltará à pauta da diretoria na próxima semana, dia 1º de dezembro. Na segunda-feira, 23, Feitosa havia sinalizado, por meio de seu voto, que pretendia suspender o reajuste e prorrogar a vigência das tarifas atuais por dois meses.
“Esses últimos dias não têm sido fáceis à população do Estado do Amapá, sendo compreensível as reclamações e queixas desde o início da falta de energia no Estado e da precariedade que se verificou desde então”, disse o relator. “Aprofundaremos ao longo da semana as discussões e simulações com as superintendências da Aneel, e avaliaremos, obedecendo todas as regras tarifárias e regulamentos da agência, a possibilidade de, ao processar o reajuste tarifário, obter, em média, uma suave redução das tarifas no Estado, preservando as condições de a CEA prestar o serviço de distribuição e ainda mantendo componentes financeiros negativos que evitarão forte elevação tarifária em 2021”, acrescentou.
Nesta terça, depois de três semanas do apagão que deixou o Amapá no escuro, seguido por um período de racionamento, o fornecimento de energia no Estado foi integralmente restabelecido, informou o Ministério de Minas e Energia (MME).
De acordo com a pasta, o segundo transformador da subestação Macapá foi energizado na madrugada desta terça-feira, 24.
O equipamento foi transportado da subestação de Laranjal do Jari para substituir o que explodiu no dia 3 de novembro. Na segunda, o enchimento com óleo isolante havia sido concluído e o transformador seria submetido a testes para energização.
CPI DO APAGÃO
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi às redes sociais comemorar o restabelecimento de 100% da energia no Estado do Amapá, anunciado nesta terça-feira, 24, pelo Ministério de Minas e Energia (MME). No entanto, o senador fez ressalvas, dizendo que a solução é paliativa, e defendeu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão. “Vamos continuar na implantação da CPI do Apagão para que não ocorra novamente e para que os culpados paguem”, escreveu.
Segundo Randolfe, ainda é necessário um transformador reserva em Macapá e no Laranjal do Jari. “Caso contrário, estaremos sempre em risco de apagão”, alertou.
O senador também listou uma série de questões que, segundo ele, precisam ser solucionadas no Estado. Além de uma CPI do Apagão, Randolfe falou da necessidade da responsabilização dos culpados, apontados por ele como as empresas e o governo, da solução para redução das tarifas de energia no Estado, e do ressarcimento de danos materiais e imateriais à população afetada.