Operação no Xingu impacta consumidores
Da Redação, de Brasília (com apoio da Aneel) —
A Aneel enviou nesta quarta-feira, 27 de janeiro, ofício ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) alertando sobre os impactos, no setor elétrico, da decisão do órgão ambiental de alterar a vazão da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.
O documento, assinado pelo diretor-geral da agência, André Pepitone, alerta que o impacto da medida nos dois primeiros meses de 2021 para os consumidores de energia elétrica pode chegar a cerca de R$ 1,3 bilhão.
Isso ocorre porque, com a alteração na vazão, a usina de Belo Monte gera menos energia, e essa diferença precisa ser compensada com o aumento da produção em usinas termelétricas, que geram energia mais cara.
A Aneel alertou que, além do custo, a nova restrição imposta para a vazão mínima na volta grande do Rio Xingu impacta diretamente a operação dos reservatórios das demais hidrelétricas existentes no País, repercutindo no nível desses reservatórios ao final do atual período úmido e, por consequência, na capacidade de atendimento às demandas de usos múltiplos e de segurança energética do próprio Sistema Interligado Nacional (SIN) ao longo do próximo período seco.
Segundo a Aneel, no período de chuvas, particularmente a partir de janeiro, quando há expressiva elevação das afluências do Rio Xingu, grande parte da produção de energia elétrica nas usinas da região Norte é escoada às demais regiões do País, poupando água nos reservatórios nos demais subsistemas, em particular os da região Sudeste/Centro-Oeste