GNA 1 entra em processo de comissionamento
Da Redação, de Brasília (com apoio da GNA/Porto do Açu) —
A GNA – Gás Natural Açu, joint venture formada pela Prumo Logística, bp, Siemens e SPIC Brasil, realizou, com sucesso, no último sábado, 30 de janeiro, o primeiro acendimento da turbina a gás GT13, da UTE GNA I, usina de 1.338 MW de capacidade instalada, localizada no Porto do Açu, Rio de Janeiro. Conhecido como First Fire, o procedimento faz parte da reta final de comissionamento da usina, que tem previsão para entrar em operação comercial ainda neste semestre.
Na quarta-feira passada, 27 de janeiro, a Aneel autorizou o início de operação em testes da UTE GNA I. Na operação do First Fire, foi utilizado o GNL fornecido pela bp e transferido para a unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU) BW Magna, no final do ano passado. O primeiro acendimento da termelétrica contou com um rigoroso procedimento de segurança, para garantir a integridade envolvidos na operação e a proteção do meio ambiente, bem como seguiu os protocolos de distanciamento social e uso de máscaras de proteção.
“Essa é considerada uma das mais importantes etapas do comissionamento do nosso projeto. Estamos cada vez mais próximos de iniciar a operação da UTE GNA I e gerar energia segura para o país”, comemora o diretor-presidente da GNA, Bernardo Perseke.
O diretor de Implantação e Operação da GNA, Carlos Baldi, destacou a importância do evento e a participação da equipe. “Alcançamos mais um marco importantíssimo para a GNA e, sem sombra de dúvidas, só foi possível graças a toda equipe envolvida no projeto. Só tenho a agradecer o empenho e o profissionalismo de cada um dos cerca de 11 mil trabalhadores que passaram pelo nosso empreendimento em quase três anos de obras”, acrescenta Baldi. A térmica ainda vai passar por outras etapas do comissionamento antes de começar a gerar energia ao Sistema Integrado Nacional (SIN).
A UTE GNA I faz parte do maior parque termelétrico da América Latina que a GNA está construindo no Porto do Açu. O projeto compreende na implantação de duas usinas térmicas movidas a gás natural (a UTE GNA I e a UTE GNA II) que, em conjunto, alcançarão 3 GW de capacidade instalada. Juntas, as duas térmicas irão gerar energia suficiente para atender cerca de 14 milhões de residências. Além das térmicas, o projeto compreende um Terminal de GNL, com capacidade total de 21 milhões de m3/dia. O investimento total é de cerca de R$ 10 bilhões.
Durante o pico das obras da UTE GNA I, Terminal de Regaseificação e Linha de Transmissão de 345 kV foram gerados cerca de 5,5 mil empregos ao mesmo tempo. Importante ressaltar que ao longo de quase três anos de obras para a construção da UTE GNA I mais de 11 mil profissionais, das mais diversas origens e qualificações, passaram pelas obras da GNA. Dentre eles, cerca de 200 alunos formados no Programa de Qualificação Profissional da GNA.
As obras da UTE GNA II, de 1.672 MW de capacidade instalada, serão iniciadas em breve com a previsão de gerar cerca de 5 mil postos de trabalho durante a fase de construção.
A GNA possui, ainda, licença ambiental para mais que dobrar a capacidade instalada de seu parque termelétrico, podendo chegar a 6,4 GW, o que permitirá o desenvolvimento de novos projetos termelétricos no Açu. Somado a isso, a localização estratégica do Porto do Açu, próximo aos campos produtores do pré-sal, ao circuito de transmissão de energia de 500 kV recém licitados e à malha de gasodutos, possibilitará a criação de um Hub de Gás e Energia para recebimento, processamento e transporte do gás associado, bem como exportação de grandes blocos de energia, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento da região norte fluminense, do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil.
A Porto do Açu Operações e a Equinor assinaram Memorando de Entendimentos com o objetivo de avaliar em conjunto o desenvolvimento de uma planta de geração solar fotovoltaica, na retroarea do Porto do Açu, nos próximos 12 meses. O memorando reforça a parceria estratégica com a Equinor, uma das líderes globais em fontes renováveis e de baixo carbono.
“A geração solar fotovoltaica é a fonte que mais cresce no Brasil e no mundo. Estamos otimistas com a possibilidade de implantação de um projeto de energia renovável no Açu, iniciativa que está em linha com a nossa estratégia de sustentabilidade, que inclui desenvolver parcerias e novos negócios a partir da transição para uma economia de baixo carbono”, afirma José Firmo, CEO da Porto do Açu Operações.
Desenvolvido pela Prumo Logística, controlada pela EIG Global Energy Partners, o Açu é o único porto totalmente privado do país. Em operação desde 2014, se tornou um dos maiores e mais importantes complexos de infraestrutura do País: tem o segundo maior terminal de minério de ferro do Brasil, é responsável por 25% das exportações de petróleo e abriga a maior base de apoio offshore do mundo, além de erguer o principal hub de gás natural da América Latina por meio da subsidiária Gás Natural Açu (GNA).
No fim de 2020, a GNA concluiu com sucesso o recebimento da primeira carga de gás natural liquefeito (GNL) em seu terminal de regaseificação no Porto do Açu. Essa primeira carga será utilizada para o comissionamento do terminal e da UTE GNA I. Com 1.3 GW, o equivalente ao suprimento de mais de 6 milhões de residências, a usina entrará em operação no primeiro semestre de 2021.