ONS prevê 34,7% nos reservatórios do SE/CO
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) com as previsões do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), referente à semana operativa de 17 a 23, estima que os volumes dos reservatórios atinjam até o fim do mês 82,6% no Norte; 65,7% no Nordeste; 58,2% no Sul; e 34,7% no Sudeste/Centro Oeste.
Com relação às afluências, o documento indica a ocorrência de chuvas abaixo da média em todas as regiões do país. No Norte, é esperada ENA em 72% da Média de Longo Termo (MLT); seguido do Sudeste/Centro-Oeste com projeção de 58% da MLT; o Nordeste com 32% da MLT; e o Sul com previsão de 29% da MLT.
A previsão de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) apresenta elevação de 13,3%, com 68.738 MW, na comparação com o mesmo período no ano passado. Esse percentual, deve ser visto de forma conservadora, já que são influenciados pelas reduções de carga observadas em abril de 2020, quando foi registrada a maior queda de carga do ano, devido à intensificação das medidas de isolamento social no período.
O Norte deve ter expansão de 20,9%, com 6.056 MW médios. Na sequência, vem o Sul com incremento de 15,7% e 12.038 MW médios, seguido pelo Sudeste/Centro-Oeste com 12% e 39.610 MW médios. Já o Nordeste aponta para projeção de consumo de 11,2%, com 11.034 MW médios.
O consumo de energia reflete a retomada dos negócios, sendo possível notar que a recuperação que vinha sendo observada no setor industrial brasileiro foi interrompida em março, após as novas medidas mais restritivas para contenção do Covid-19 em várias cidades e estados. A ocorrência de temperaturas mais amenas também tem contribuído para o desempenho da carga durante o mês em análise.
Já o Custo Marginal de Operação (CMO) deve registrar crescimento de 25,21% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, passando a custar R$ 164,90/MWh em comparação aos R$ 131,70/MWh da semana anterior, mantendo-se equiparados. Também em ritmo de aceleração, o Nordeste indica elevação de 18,49%, saindo do patamar de R$ 120,19/MWh para R$ 142,41/MWh. Após seis semanas consecutivas registrando valor zerado, o CMO no Norte passa a valer R$ 142,41/MWh e se equipara ao Nordeste.