Eneva ganha com a seca e lucra R$ 203 milhões
Da Redação, de Brasília (com apoio da Eneva) — A Eneva, operadora privada de gás natural, alcançou um lucro líquido com expansão de 13% nos três primeiros meses deste ano, quando comparado ao mesmo momento de 2020, atingindo R$ 203 milhões. “A Eneva apresentou resultados positivos no primeiro trimestre de 2021, com crescimento dos indicadores financeiros e operacionais, além de reforço no caixa da companhia para fazer frente aos investimentos e planos de expansão”, diz um comunicado distribuído pela empresa..
De janeiro a março, o Ebitda ajustado alcançou R$ 446 milhões, aumento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2020. O desempenho foi impulsionado, sobretudo, pelo maior despacho das térmicas da companhia e, consequentemente, das margens das usinas.
“A retomada do consumo de energia diante da recuperação gradual da economia e os baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas têm desencadeado um forte despacho de energia térmica, com impacto nos preços”, explica Marcelo Habibe, CFO da Eneva.
Segundo o executivo, a geração térmica cresceu 21,2% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado – e a sinalização é de um forte despacho termelétrico neste ano.
Já a posição de caixa da Eneva ficou em R$ 2,1 bilhões no final do trimestre, com alavancagem (dívida líquida/Ebitda nos últimos 12 meses) de 3,3 vezes. Os indicadores refletem o empenho da empresa para alongar e reduzir o custo dívidas.
Investimentos
A Eneva investiu R$ 407 milhões no primeiro trimestre de 2021, destinando 80% desse valor aos principais projetos da empresa: Azulão-Jaguatirica (empreendimento integrado de produção de gás no Amazonas e geração de energia térmica em Roraima) e da termelétrica Parnaíba V (Maranhão).
Pedro Zinner, CEO da Eneva, destacou a visão de longo prazo da companhia de crescer em bases sustentáveis e com retorno aos acionistas. Um dos destaques é a estruturação da área de comercialização de gás e energia e a oferta integrada de soluções energéticas, com mapeamento de clientes potenciais e negociações já em curso.
O executivo reforçou ainda o compromisso com temas relacionados com a sustentabilidade. Segundo Zinner, a companhia já concluiu sua nova matriz de materialidade e está refinando compromissos e metas de longo prazo, que serão anunciadas em breve. O executivo destacou que a companhia segue em seu propósito de “oferecer soluções de energia confiáveis e acessíveis para a sociedade, melhorando o bem-estar socioeconômico e maximizando valor para nossos acionistas e stakeholders”.
A Eneva possui ativos nos estados do Amazonas e Maranhão. Atualmente, opera 10 campos de gás natural nas Bacias do Parnaíba (MA) e Amazonas (AM). Adicionalmente, possui nestas regiões uma área total sob concessão superior a 60 mil km². Com um parque de geração termelétrica com 2,8 GW de capacidade instalada, a Eneva produz energia para o sistema elétrico brasileiro. Seus ativos de geração estão localizados nos estados do Maranhão (Complexo Parnaíba e Itaqui), Ceará (Pecém II) e Roraima (Jaguatirica II).