ONS certifica operadores por via remota
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
Responsável por programar, executar, acompanhar e avaliar o desempenho do Sistema Interligado Nacional (SIN), a Diretoria de Operação (DOP) do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS certificou mais de 100 de seus operadores remotamente. Realizado desde 2002, o processo de certificação, além de atender ao estabelecido nos Procedimentos de Rede, faz parte da estratégia da diretoria para garantir a qualidade e o aprimoramento contínuo da área. O selo, com validade de três anos, demonstra o quanto os profissionais à frente da operação estão maduros e preparados para atuar de acordo com às exigências da operação do SIN.
A mudança para o formato virtual ocorreu em função da pandemia de Covid-19 e permitiu ao ONS maior flexibilidade, melhor utilização dos recursos existentes e mais aderência ao novo cenário de operação. Segundo o ONS, o processo, atesta a capacidade do operador de exercer as funções a ele atribuídas com segurança e obedecendo às normas e instruções de operação vigentes, com abrangência nacional ou regional, de acordo com sua área de atuação. Em 2020, foram certificados 107 operadores e este ano, até o momento já são 28 profissionais certificados.
“Ficamos muito satisfeitos com o sucesso alcançado neste modelo de certificação remota, necessária neste momento de pandemia, em que os operadores puderam realizar todas as etapas do processo sem perda de qualidade. Dessa maneira, garantimos que nossas equipes de tempo real estejam sempre aptas para realizar com segurança essa nobre missão de operar o SIN”, ressalta Sinval Gama, diretor de Operação do ONS
A certificação é realizada por meio de avaliações, que compreendem três dimensões: comportamental, técnica e física. Enquanto a etapa técnica é elaborada e conduzida pela própria Diretoria de Operação, as demais contam com o suporte do time de gestão de pessoas e de uma consultoria externa. Inicialmente composto por provas escritas, o processo evoluiu e hoje, além de ter tido a avaliação médica adaptada para expor os operadores a menos riscos, conta com a aplicação de testes online e atividades práticas realizadas em simuladores, como o Topsim, desenvolvido pelo Cepel.
Durante a realização das sessões para certificações nesses simuladores, no intuito de oferecer o maior grau de realismo possível, os operadores são submetidos a atuar num ambiente e ferramental semelhantes ao da sala de controle. De forma completamente remota, as equipes técnicas envolvidas simulam uma situação operativa, aplicando os cenários de ocorrências, inclusive com a realização de comunicação operativa, enquanto outra equipe efetua a avaliação da atuação dos operadores e dá feedback ao profissional em certificação ao término da sessão.
Essas ações remotas das equipes envolvidas na preparação e realização das certificações foram necessárias para vencer o desafio da concluir o processo nesse período de combate à pandemia, minimizando os riscos de contaminação dos operadores.