Albras lidera consumo no mercado livre
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
O boletim InfoMercado Mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE traz uma análise inédita com o consumo das empresas no Ambiente de Comercialização Livre – ACL, conhecido como mercado livre. Os dados consolidados de março de 2016 apontam o agente Albras como a maior consumidor na categoria “livre”.
A metalúrgica Albras (Alumínio Brasileiro S. A.) registrou um consumo de 801,4 MWmédios ao longo do mês de março, mais que o dobro da siderúrgica Arcelor JF (321 MWmédios) e da petroquímica Braskem (314,5 MWmédios). As três indústrias estão classificadas como consumidores livres, que reúne empresas com demanda contratada a partir de 3 MW e tensão mínima de 69 kV.
Entre os consumidores especiais, ou seja, empresas com demanda contratada de energia entre 0,5MW e 3MW e tensão mínima de 2,3 kV, o ranking apresenta a Telefonica (44,4 MWmédios), o Carrefour (37,8 MWmédios) e a Seara Matriz (35,5 MWmédios) como as empresas com maior consumo no período. De acordo com a regulação do mercado, o consumidor especial deve adquirir energia somente de fontes incentivadas.
De acordo com a CCEE, os 10 maiores consumidores livres, segundo o critério de consumo de energia elétrica, são os seguintes: Albras, com 801,4 MW, seguindo-se pela ordem: Arcelor JF, 321; Braskem, 314,5; CSN, 265; White Martins, 256,7; Anglo Níquel, 199,4; Vale, 188,3; Klabin Puma, 160,4; Galb, 148,1; e Fertilizantes, 140,6. Em relação aos consumidores especiais, os 10 maiores são: Telefonica, 44,4 MWm; Carrefour, 37,8; Seara 35,5; Telemar, 28,9; CBD, 27,7; Itaú, 21; Zaffari, 17,6; Nestlé, 17,3; Sendas, 13,1; e Bompreço NE, 12,6.
Em março, o consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN totalizou 65.052 MWmédios, montante 1,6% maior ao registrado no mesmo período do ano passado. Houve incremento de 2,6% no mercado cativo – ACR, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, enquanto no mercado livre – ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrada retração de 1,7%.
A atividade industrial continuou em queda, impactando exatamente o consumo de energia dos consumidores livres, especiais e autoprodutores. O setor de extração de minerais metálicos teve o pior resultado, com diminuição de 13,4%, seguido pelo setor de veículos com 8,3% e têxteis com 5,9%.
Evolução do Consumo – ACL
Em março, houve queda de 7,3% no consumo de consumidores especiais existentes, ou seja, empresas que já faziam parte do ACL em 2015. A retração é reflexo do desaquecimento da atividade industrial, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, o consumo das novas cargas correspondeu a um aumento de 12,6%, totalizando um aumento de 4,6% no consumo desses agentes. Já os consumidores livres, registraram aumento de 3,5%.