Secretário de Óleo&Gás do MME deixa cargo
O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Ferreira Coelho, deixou o cargo, informou há pouco o Ministério de Minas e Energia. O MME não informou quem assumirá a função nem as razões que o levaram a sair do governo, mas o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que o substituto será Rafael Bastos Silva, atual diretor do Departamento de Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural do MME.
“Após cerca de 14 anos no serviço público, dos quais quatro como Diretor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e um ano e meio como Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Ferreira Coelho deixa o serviço público”, disse o MME.
“Após o período regulamentar de quarentena, José Mauro retornará ao setor energético nacional, agora para assumir novos desafios na iniciativa privada brasileira”, acrescentou o MME.
Rafael Bastos Silva é geólogo formado pela UERJ e tem mestrado na área pela UFRJ. Ele foi servidor da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), onde entrou em 2005 e permaneceu até dezembro de 2019, passando por várias funções, como coordenador, superintendente e assistente da diretoria. Ele está no MME desde janeiro de 2020.
Benefício de R$ 3 bi aos caminhoneiros
O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira, 21, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que o benefício oferecido a 750 mil caminhoneiros será de R$ 400, valor adiantado mais cedo pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Dessa forma, o governo deve gastar, de acordo com o chefe do Executivo, “pouco mais” de R$ 3 bilhões em recursos dentro do Orçamento.
“Como está na iminência de ter outro reajuste de combustível, o que nós buscamos fazer? Acertado na equipe econômica. Alguns não querem, não queriam, outros achavam que era possível. Dar ajuste para caminhoneiros. O que está decidido até o momento? R$ 400 a 750 mil caminhoneiros autônomos. Isso é muito, é pouco? É o possível”, declarou o presidente, que já havia anunciado o benefício mais cedo, mas sem oferecer detalhes.
Bolsonaro afirmou que o novo aumento do combustível deve acontecer como forma de evitar o desabastecimento. “Não precisa ser mágico para ver isso”, declarou, atribuindo o fenômeno ao mercado internacional e ao dólar forte. “A inflação alta é horrível. É péssima, mas pior ainda é desabastecimento.” Em uma mudança de retórica, desta vez o presidente não citou o ICMS como o vilão da alta dos derivados de petróleo.
Sem comentar diretamente os pedidos de demissão do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, por insatisfação com a decisão do governo de alterar o teto de gastos, Bolsonaro afirmou, logo após revelar o valor do benefício a caminhoneiros, que “tem secretário, como acontece às vezes com um ministro, que quer fazer sua vontade”.
O chefe do Executivo também disse esperar que as reformas administrativa e tributária, hoje travadas no Congresso, continuem avançando.