Preocupação com revisão tarifária da EDP Escelsa
Da Redação, de Brasília —
Com prazo aberto até o dia 27 de junho, o processo de audiência pública que trata da revisão tarifária da concessionária EDP Escelsa, no estado do Espírito Santo, recebeu, nesta quarta-feira, 15 de junho, uma contribuição do deputado federal Max Filho, através da qual demonstra preocupação com as tarifas da empresa.
Segundo o parlamentar (PSDB-ES), o processo “está caracterizado por circunstâncias que, aos olhos dos leigos, não são fáceis de serem compreendidas”. Ele destacou que, nos últimos cinco anos, o reajuste tarifário acumulado da EDP Escelsa somou 63,84%, mas, no mesmo período, a inflação acumulada com base no IPCA alcançou um percentual bem menor, de 39,53%.
Apesar disso, a área técnica da Aneel sinalizou com um reajuste negativo de apenas 3,34% para os consumidores residenciais e de 1,20% para os consumidores industriais atendidos na faixa de alta tensão. Esses percentuais indicariam um efeito negativo médio de 1,17% ao final do processo de audiência pública.
“Ora, se o reajuste acumulado dos últimos cinco anos é de 63,84% e a inflação do mesmo período soma 39,53%, entendo que ainda há uma gordura a ser extraída no acerto de contas das tarifas da Escelsa bem superior ao efeito médio negativo de apenas 1,17% que a Aneel pretende aplicar”, alertou o parlamentar capixaba.
Em sua contribuição à AP 028, Max Filho pergunta se a agência reguladora, “que se pauta por critérios de natureza técnica, não poderia aplicar à Escelsa uma tarifa que beneficiasse mais os consumidores”, acrescentando que o País está atravessando momentos difíceis e, nesse contexto, “é mais do que não apenas justo, mas, sobretudo, patriótico e de bom senso, pensar prioritariamente nos consumidores de energia elétrica do estado do Espírito Santo, que somam 1,4 milhão entre residenciais e outras categorias de consumidores”. “Eles estão sofrendo os efeitos terríveis da atual crise econômica, com o forte desemprego, a alta da inflação e a perda do poder aquisitivo da moeda”, frisou.