IGP-DI cai 0,58% em novembro
Da Redação, de Brasília (com apoio da FGV) —
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,58% em novembro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando subira 1,60%. Com este resultado, o índice acumula alta de 16,28% no ano e de 17,16% em 12 meses. Em novembro de 2020, o índice havia subido 2,64% e acumulava elevação de 24,28% em 12 meses.
“O resultado do índice ao produtor segue influenciado pelo comportamento dos preços de grandes commodities. Mais uma vez, minério de ferro (4,29% para -24,98%), soja (-0,38% para -3,73%) e milho (-4,45% para -5,15%) apresentaram queda em seus preços influenciando o resultado do IGP”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV-Ibre.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,16% em novembro. No mês anterior, o índice havia apresentado alta de 1,90%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 1,47% em outubro para 0,62% em novembro. O principal responsável por este recuo foram os alimentos processados, cuja taxa passou de 0,81% para -0,56%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,44% em novembro, contra 0,99% em outubro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 3,47% em outubro para 2,68% em novembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 9,39% para 5,95%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 2,15% em novembro, ante 2,57% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 6,40% em novembro. Em outubro, a taxa do índice subira 0,75%. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (4,29% para -24,98%), soja em grão (-0,38% para -3,73%) e leite in natura (0,66% para -7,73%). Em sentido oposto, vale citar bovinos (-7,71% para 2,60%), pedras britadas (0,46% para 2,25%) e trigo em grão (-1,36% para 1,29%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 1,08% em novembro, contra 0,77% em outubro. Duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (1,31% para 3,07%) e Habitação (0,37% para 0,56%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: gasolina (2,73% para 7,44%) e condomínio residencial (0,39% para 1,43%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,88% para 0,66%), Comunicação (0,44% para 0,09%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,25% para 0,16%), Vestuário (0,81% para 0,59%), Educação, Leitura e Recreação (1,57% para 1,51%) e Despesas Diversas (0,28% para 0,20%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: hortaliças e legumes (9,40% para 6,68%), tarifa de telefone residencial (5,07% para 0,25%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,56% para 0,17%), calçados (1,32% para 0,37%), passagem aérea (9,97% para 8,87%) e alimentos para animais domésticos (1,98% para 1,00%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,43% em novembro, ante 0,44% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 36 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 24 apresentaram taxas abaixo de 0,09%, linha de corte inferior, e 12 registraram variações acima de 1,05%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 69,35%, 2,59 pontos percentuais abaixo do registrado em outubro, quando o índice foi de 71,94%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,67% em novembro, ante 0,86% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (1,92% para 1,03%), Serviços (0,47% para 0,52%) e Mão de Obra (0,00% para 0,38%).