MCP movimenta R$ 5,1 bi em outubro
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
As operações do Mercado de Curto Prazo – MCP do setor elétrico movimentaram R$ 5,1 bilhões dos R$ 6,4 bilhões contabilizados em outubro, segundo cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE divulgados nesta quinta-feira, 09 de dezembro. O andamento das tratativas para encerrar a questão do GSF refletiu na liberação de mais R$ 4 milhões em valores até então retidos por liminares.
Os repasses referentes ao risco hidrológico foram realizados por sete agentes. Há exatamente um ano, esse volume de recursos bloqueados ultrapassava a marca dos R$ 10 bilhões, mas, desde então, todo o esforço do setor para a repactuação contribuiu para que 56 usinas efetuassem 144 pagamentos, reduzindo o montante para os atuais R$ 1,07 bilhão.
Do valor não pago na operação financeira de outubro, além dos valores ainda relacionados às liminares do GSF no mercado livre, R$ 55,7 milhões já correspondem aos parcelamentos para repactuação e R$ 84 milhões referem-se à inadimplência.
“Apesar de todos os desafios e dificuldades enfrentadas ao longo de 2021, observamos, em todas as nossas liquidações, uma inadimplência bastante controlada. Isso só foi possível graças aos esforços das organizações para possibilitar a adesão dos geradores à repactuação do GSF e da preparação do mercado para atuar em cenários adversos”, diz Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
Os agentes que possuem decisões judiciais vigentes para não participarem do rateio da inadimplência advindas das liminares perceberam adimplência de 96%. Aqueles que seguem amparados por decisões que impõem o pagamento proporcional, verificaram uma adimplência de 64%. Após a operacionalização dessas decisões judiciais, os credores que não possuem liminares relacionadas ao rateio da inadimplência receberam cerca de 34% de seus créditos, de acordo com os dados da CCEE.
Em outubro, a CCEE também registrou repasse de R$ 1,03 bilhão de excedente financeiro da Conta de Energia de Reserva – Coner. A maior parte foi absorvida na contabilização dos agentes, reduzindo seus débitos. O restante desse valor proporcionou um crédito financeiro de R$ 21 milhões, distribuídos para 256 participantes isentos do rateio da inadimplência.
O montante está atrelado ao registro do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD em patamares elevados no período entre agosto e outubro, além de um incremento na geração das usinas contratadas no âmbito de Energia de Reserva.