Eneva e Neoenergia vencem leilão com GN
Da Redação, de Brasília (com apoio da Eneva e Neoenergia) —
A Eneva e a Neoenergia estão entre as geradoras que venceram o leilão para a comercialização de reserva de capacidade promovido pela Aneel, CCEE e MME nesta terça-feira, 21 de dezembro, oferecendo projetos movidos a gás natural. O resultado alcançado pela Eneva se deu com os empreendimentos UTE Azulão (Amazonas) e UTE Parnaíba IV (Maranhão). As duas termelétricas somam capacidade de 334 MW. Outra usina que ganhou o leilão, a Termopernambuco (Termope), é controlada integralmente pela Neoenergia.
“Os projetos são mais um passo em nossa estratégia de criação de valor e estão em linha com o nosso modelo pioneiro de utilizar o gás natural para geração de energia em locais próximos às áreas produtoras – no caso o campo de Azulão (Amazonas) e nos campos da bacia do Parnaíba (Maranhão), onde a companhia já opera um dos maiores complexos termelétricos do país”, afirmou Pedro Zinner, CEO da Eneva.
E acrescentou: “Esse nosso modelo diferenciado permite custos mais competitivos de produção de energia térmica, o que se mostrou indispensável neste ano de restrição hídrica em que foi necessária maior disponibilidade de energia termelétrica”, declarou Pedro Zinner, CEO da Eneva.
A UTE Azulão é um empreendimento novo de geração termelétrica a gás natural, com capacidade instalada de 295 MW e investimento previsto de R$ 1,3 bilhão. A usina será instalada no município de Silves (AM). No leilão, a UTE Azulão firmou compromisso de venda dessa potência pelo prazo de 15 anos, para entrega a partir de 1º de julho de 2026, assegurando receita fixa anual durante o período de suprimento de R$ 216.869.653,48. O valor será reajustado anualmente pelo IPCA.
O prazo de construção previsto para a termelétrica é de até 36 meses. A estimativa é iniciar a implantação do projeto no segundo semestre de 2022. Zinner ressaltou ainda que o projeto amplia o uso do gás na bacia do Amazonas, promovendo desenvolvimento regional e substituindo fontes mais poluentes de geração de energia.
Térmica no Maranhão.
Já a usina Parnaíba IV, também movida a gás natural, conta com capacidade instalada de 56 MW e vendeu uma capacidade de 39MW no leilão, pelo prazo de 15 anos, com entrega a partir de 1º de julho de 2026. A UTE está localizada no Complexo Termelétrico Parnaíba, município de Santo Antônio dos Lopes (MA).
Em operação desde dezembro de 2013, a usina não possui contrato vigente no ambiente regulado. Nesse caso, a receita fixa anual durante o período de suprimento é de R$ 32.083.083,32, também corrigida anualmente por IPCA.
De acordo com o Contrato de Reserva de Capacidade para Potência – modalidade prevista neste leilão –, a receita fixa será paga pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que promoverá a cobrança e o recolhimento do Encargo de Potência para Reserva de Capacidade.
UTE da Neoenergia
A Neoenergia, controladora da Termopernambuco (Termope), vendeu toda a capacidade disponível da usina, de 498 MW, ao preço da potência R$ 487.412,70 MW/ano, com início de fornecimento em 1º de julho de 2026, assegurando a receita fixa de potência de R$ 207 milhões por ano. O contrato tem vigência de 15 anos.
Segundo a controladora, atualmente a Termopernambuco, movida a gás natural, é uma das usinas de maior disponibilidade acumulada entre as térmicas existentes no país. “A planta tem destacada eficiência, o que a insere em posição de destaque para efeitos de despacho. Aliada à confiabilidade e flexibilidade operacional, foi firmado compromisso de fornecimento de gás 100% flexível com a Shell Energy do Brasil a preços competitivos”, informou a empresa.