Petroleira alemã encerra atividades no Brasil
A petroleira alemã com foco em gás natural Wintershall Dea decidiu encerrar todas as suas operações no Brasil e fechar o atual escritório no Rio de Janeiro, informou a empresa nesta segunda-feira, 17. A companhia possui um total de nove licenças exploratórias, distribuídas pelas bacias Potiguar, Ceará, Campos e Santos, que foram concedidas à empresa em rodadas de licitações em 2018 e 2019.
“A decisão é o resultado de uma análise muito minuciosa de nosso portfólio global e avaliação de projetos individuais e como eles se encaixam em nossa estratégia de longo prazo”, disse Thilo Wieland, membro do conselho da Wintershall Dea e responsável pelas regiões Rússia, América Latina e Transportes. Na América Latina, a empresa está também na Argentina.
O gás natural representa 70% do portfólio da Wintershall Dea, que também produz petróleo, com foco em regiões selecionadas e projetos alinhados com as metas climáticas da companhia. A empresa informou ainda que não tem compromissos mínimos de trabalho remanescentes nas licenças ou outras obrigações financeiras relevantes no Brasil.
“Agradecemos muito as boas relações que construímos ao longo dos anos com nossos parceiros de negócios e as autoridades no Brasil e trabalharemos de forma construtiva com eles para garantir uma transição tranquila”, concluiu Wieland.
Produção no Pré-Sal
A Petrobras registrou em 2021 um novo recorde anual de produção no pré-sal, atingindo 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed). Esse volume corresponde a 70% da produção total da companhia no ano passado, que foi de 2,77 milhões de boed.
O recorde anterior era de 2020, quando foi alcançada a marca de 1,86 milhão de boed, representando 66% da produção total da Petrobras.
A estatal afirmou que a produção no pré-sal vem crescendo rapidamente, e o recorde registrado em 2021 representa mais do que o dobro do volume que produziu na região há cinco anos.
“Com a manutenção do foco de atuação nas suas atividades em ativos em águas profundas e ultraprofundas, a Petrobras continuará investindo na aceleração do desenvolvimento dos campos do pré-sal, que possuem alta produtividade, maior resiliência a baixos preços de petróleo e mais eficiência em carbono”, disse a companhia em nota.
A empresa prevê no seu Plano Estratégico 2022-26 investimentos de US$ 57 bilhões no segmento Exploração e Produção (E&P), sendo 67% desse total no pré-sal, que receberá 12 das 15 novas plataformas previstas para entrar em operação neste período e que deverá ser responsável por 79% da produção total da companhia em 2026.