Tradener assina contratos com geradores para exportar à Argentina
Da Redação, de Brasília —
A comercializadora Tradener deu início, nesta quarta-feira, 29 de junho, ao processo de assinatura de contratos com as geradoras para exportação de energia à Argentina. A companhia foi autorizada na semana passada pelo Ministério de Minas e Energia a exportar até 2.100 MW médios de potência para o país vizinho por meio da Estação Conversora de Frequência de Garabi, sendo ewscolhida pela Cammesa – Compañia Administradora del Mercado Mayorista Eléctrico S.A – para fornecer energia gerada por térmicas brasileiras.
Com validade até dezembro de 2018, a exportação é uma operação de socorro à Argentina, que, no período de inverno, tem um aumento expressivo na demanda por energia em virtude do aquecimento nas residências. Com preço médio de R$ 300,00/MWh, a estimativa é que a transação possa gerar uma receita de até R$ 500 milhões mensais para o Brasil.
“Essa exportação é de extrema importância para o setor energético e para o Brasil, especialmente neste momento de crise. É uma movimentação que em nada prejudica a segurança energética porque são usinas que atualmente não estão operando. A comercialização ao país vizinho será responsável por movimentar o setor, gerar receita para geradoras que, hoje, não têm uma demanda estabelecida, além de aumentar a receita da balança comercial do país, gerar empregos e renda e auxiliar a Argentina em um momento de alta demanda por energia”, afirma Walfrido Avila, presidente da Tradener.
Segundo o presidente da Tradener, o acordo firmado entre o Brasil e a Argentina, na área de energia, já permite o atendimento através de contratos de longo prazo. “Não precisa ser apenas energia térmica, em contratos de curta ou média duração como agora”, esclareceu Avila. No seu entendimento, se o Brasil no momento tem energia elétrica sobrando, por causa da recessão econômica, e a Argentina necessita de energia, para o atendimento da população no inverno, mas, também, porque a economia do país vizinho começa a reagir, então está na hora de fazer negócios. O importante é que temos hoje no País dirigentes que entendem que fazer negócios não é pecado e que, fora dos dogmas ideológicos, é possível, sim, efetivar entendimentos que sejam bons para os dois países”, disse a este site.