Sachsida traça cenário otimista para Brics
Maurício Corrêa, de Brasília —
Com o ambiente político e econômico totalmente contaminado pelo processo eleitoral (faltam apenas 10 dias para o primeiro turno das eleições gerais), não se prestou a devida atenção à reunião ministerial dos países integrantes do Brics, realizada nesta quinta-feira, 22 de agosto, da qual participou, por videoconferência, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. O Brics é integrado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A reunião foi organizada pela China. Num rápido discurso, Sachsida explicou as duas linhas básicas em que trabalha o governo brasileiro, buscando a transição energética e a segurança no suprimento de energia, procurando garantir acesso dos brasileiros à energia limpa com preços razoáveis.
Nesse contexto, o ministro mencionou a decisão de reduzir os preços dos combustíveis para fazer frente aos impactos internacionais na economia brasileira. Sachsida argumentou que essa redução está contribuindo para manter a inflação em níveis mais baixos, quando se compara com o que está acontecendo em países desenvolvidos.
O ministro frisou que 85% da eletricidade no Brasil é gerada por fontes renováveis. Mas não deixou de explicar aos demais ministros do Brics que o País enfrentou a mais severa seca registrada nos últimos 91 anos, o que acabou afetando a geração de energia elétrica em 2021. Hoje, como explicou, o Brasil está preocupado com a recomposição dos seus reservatórios.
Enquanto países europeus estão aumentando impostos e congelando os preços da energia, Sachsida disse que o Brasil está reduzindo impostos sobre a eletricidade e mantendo os preços no mercado livre. Tudo isso dentro de uma política governamental que visa atrair investimentos, mediante um quadro regulatório estável, reduzindo a burocracia e tornando o ambiente de negócios mais favorável aos investidores.