Petrobras fecha 3º tri com lucro de R$ 46 bi
A Petrobras fechou o terceiro trimestre deste ano com lucro de R$ 46,096 bilhões, 48% a mais do que há um ano, e 15,2% menor que o registrado no segundo trimestre de 2022, segundo informou a companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira, 3.
Portanto, embora superem os resultados registrados no mesmo período do ano passado, o lucro da estatal recuou na margem, ou seja, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, devido ao recuo das cotações do petróleo e derivados. O petróleo caiu 11,4% na passagem de um trimestre ao outro, com média de cerca de US$ 100,98 por barril nos três meses entre julho e setembro.
A receita de vendas no período subiu 39,9%, para R$ 170,076 bilhões, frente ao terceiro trimestre de 2021, e recuou 0,5% em relação ao segundo trimestre deste ano.
O Ebitda, que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, teve alta de 50,5% contra o terceiro trimestre do ano passado, mas recuo de 7% em relação ao trimestre anterior, para R$ 91,421 bilhões.
Em carta divulgada junto ao relatório financeiro, o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Rodrigo Araújo, define os resultados como excelentes. Ele destacou o avanço na contratação de equipamentos para viabilizar o aumento sustentado e rentável da produção com foco no pré-sal.
“Assinamos os contratos de 3 novos FPSOs (navios-plataforma), P-80, P-82 e P-83, para o campo de Búzios, o maior em nosso portfólio e que representará cerca de 1/3 da nossa produção em 2026. Com isso, resta apenas a contratação de 1 das quinze plataformas do nosso Plano Estratégico 2022-2026”, disse.
Araújo também destacou a elevação do caixa para patamar compatível com as necessidades da empresa (US$ 6,8 bilhões em caixa) e informou que a estrutura de capital da companhia foi mantida em níveis saudáveis. Não houve maiores comentários sobre o resultado em si.
Pagamento de dividendos
O conselho de administração da Petrobras aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária em circulação, segundo fato relevante divulgado pela companhia nesta quinta-feira, 3. O montante total soma R$ 43,68 bilhões.
Deste total, o Tesouro Nacional deve receber aproximadamente R$ 12,52 bilhões. Além do valor pago diretamente à União, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de participações, o BNDESPar, receberão R$ 3,45 bilhões na forma de dividendos, que também podem ser computados como ganhos à União.
A data de corte será 21 de novembro para os detentores de papéis negociados na B3, a Bolsa brasileira, e 23 de novembro para as ADRs negociadas na Bolsa de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais, nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023.
Segundo o fato relevante, o dividendo proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a companhia poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos).