TAG lança plataforma de balanceamento de GN
Da Redação, de Brasília (com apoio da TAG) —
A Transportadora Associada de Gás — TAG lançou, nesta semana, a primeira plataforma de balanceamento do mercado brasileiro de gás natural, que tem por finalidade garantir o balanceamento residual da rede de transporte de gás natural. O regime de contratação independente de capacidade de entrada e saída e o aumento do número de usuários da rede reforçam o papel do transportador na coordenação logística do Sistema e manutenção de seu equilíbrio, exigindo, quando necessário, a sua atuação para manter o balanceamento residual da malha de transporte.
Segundo a TAG, de acordo com as regras dos contratos no regime de entrada e saída, os usuários da rede devem manter constantemente suas injeções e retiradas equilibradas. Todavia, no dia a dia, eventuais desequilíbrios entre os volumes totais injetados e retirados no Sistema por esses usuários podem ocorrer e comprometer a eficiência e segurança na prestação do serviço. Nesses casos, é papel do transportador realizar o balanceamento residual do Sistema por meio de ações como a compra ou venda de gás.
Os custos dessas ações de balanceamento residual são repassados aos carregadores causadores que ocasionaram o desequilíbrio de forma proporcional, com neutralidade financeira para o transportador, não gerando qualquer ganho econômico ou financeiro adicional para a TAG.
Atualmente, a TAG dispõe de contratos bilaterais de 12 meses firmados por meio de processos concorrenciais que foram supervisionados pela ANP e garantem a disponibilidade de injeção ou retirada de gás em caso de necessidade de balanceamento residual.
Nesse contexto, a plataforma de balanceamento pretende ser uma ferramenta adicional para oportunizar as ações de balanceamento residual de compra e venda de gás de maneira mais competitiva no sistema de transporte da TAG.
A plataforma, semelhante a modelos que já foram adotados na Europa, traz oportunidades para a redução dos custos de balanceamento por meio do fomento à competição entre agentes dispostos a retirar e/ou injetar gás no sistema, fortalecendo o desenvolvimento e a abertura do mercado de gás natural brasileiro.
A iniciativa, no entendimento da TAG, incentiva o desenvolvimento e liquidez do mercado de curto prazo por revelar preços, uma vez que, ao final de cada mês, serão disponibilizadas no site da empresa as informações dos volumes e valores das transações, resguardado o sigilo das partes. Ela é, assim, um incentivo ao desenvolvimento de plataformas mais amplas de comercialização para trocas entre todos os agentes de mercado.
“A criação desta plataforma é um passo importante para capturarmos oportunidades de compra e venda de gás flexível no curto prazo, de maneira ainda mais competitiva que os atuais contratos de flexibilidade anuais, e adotando critérios isonômicos e transparentes para seleção das propostas, tais como condições comerciais e atendimento às necessidades operacionais do Sistema”, afirmou Ovidio Quintana, diretor Comercial & Regulatório da TAG.
A plataforma permitirá que os novos processos de compra e venda para balanceamento residual sejam realizados de maneira digital, ágil e dinâmica com os agentes devidamente habilitados.
Para utilizar a plataforma, é necessário que o agente interessado tenha um cadastro aprovado e celebre um contrato master, no qual são estabelecidos os termos e condições de compra (retirada) e venda (injeção) de gás, previamente às transações.
“O pioneirismo de nossa plataforma de balanceamento responde ao momento de crescimento e diversificação do acesso à rede de transporte da TAG e à nossa busca incessante por novas soluções que promovam o desenvolvimento do mercado. Continuamos trabalhando ativamente, em parceria com os demais transportadores, para um projeto de construção conjunta e integrada de plataformas no sistema de transporte em nível nacional”, pondera Cristina Sayão,gerente de Assuntos Regulatórios.
A TAG detém uma extensa rede de gasodutos de transporte do país, com aproximadamente 4.500 km, que atravessam quase 200 municípios de 10 estados brasileiros. São 3.700 km na região costeira do Brasil — nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro -, e outros 800 km no Amazonas.