ONS prevê chuvas acima da média no Sul e Sudeste
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê chuvas acima da média histórica em setembro nos subsistemas Sudeste e Sul, mas fortemente abaixo dos valores históricos no Norte e Nordeste. Conforme a entidade, a Energia Natural Afluente (ENA), indicador que dimensiona a utilização da capacidade dos reservatórios e consequente potencial geração de energia, ficará em 111% da média de longo termo (MLT) de setembro no Sudeste, que concentra boa parte das usinas hidrelétricas do País.
Apesar das chuvas acima da média histórica, pelas projeções do ONS, ao fim do próximo mês o nível dos reservatórios da região estará mais baixo, em 40,0%, ante os 46,88% anotados na quinta-feira, 25 de agosto, seguindo a trajetória de queda típica do período de estiagem.
A região Sul, por sua vez, deve registrar ENA de 124% da média histórica de agosto, levando o nível dos reservatórios a 96,5%, acima dos 90,19% anotados na quinta.
Já para o Nordeste, região que tem sido fortemente afetada pela seca, a ENA prevista é de apenas 39% da média histórica e o nível de reservatório deve chegar a 14,7% no final do mês que vem, abaixo dos 20,04% registrados nesta quinta-feira.
Para evitar crises de abastecimento, o ONS já alertou a Agência Nacional de Águas (ANA), a Chesf e o Ibama sobre a necessidade de poupar água do rio São Francisco no reservatório da hidrelétrica de Sobradinho. A ideia é reduzir a vazão do rio de 800 metros cúbicos por segundo para 700 m3/s, o que permitiria elevar o reservatório da usina.
Para o Norte, a previsão é de uma ENA de 46% da MLT, levando o nível dos reservatórios da região aos 40,1%, abaixo dos atuais 48,44%.
Demanda
O ONS também divulgou sua previsão de carga para o próximo mês, com uma estimativa de 66.226 MW médios, o que corresponde a uma alta de 1% em relação ao volume registrado em setembro de 2015 e expansão de 3,2% frente a agosto de 2016.
O aumento da carga frente igual etapa do ano passado deve ser observado nas regiões Sul (+2,6%), Nordeste (2,1%) e Norte (+1,5%). Já o submercado no Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País, apresentará estabilidade.