Silveira se mostra totalmente afinado com Lula
Maurício Corrêa, de Brasília (com apoio do MME) —
As lideranças do PT próximas ao presidente Lula (Gleisi Hoffman e Rui Costa, principalmente), que hostilizaram ao máximo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nos três primeiros meses do Governo, inclusive até mesmo inviabilizando a sua gestão à frente do MME, devem estar com cara de bobo.
Afinal, o ministro deu a volta por cima e hoje, tocando a Pasta com normalidade, mostra que está mais afinado com o presidente da República do que muita gente do próprio PT que se esforça por aparecer. Daqui a pouco, o ciúme da política começa a fazer estragos na trajetória do titular do MME.
Agora, por exemplo, Silveira classificou a nova estratégia de preços da Petrobras como uma forma de “abrasileirar” os preços de diesel, gasolina e gás de cozinha, Segundo o ministro, é uma vitória para a população brasileira.
“Hoje é um dia festivo para o Brasil, pois avançamos na liberdade econômica nacional. Nós saímos de uma política de ‘amarras’, que impedia maior competição e, consequentemente, melhores ganhos para o consumidor, para uma política de liberdade comercial que vai ser praticada, eu espero, pelas outras petroleiras, acompanhando o exemplo da Petrobras. Além de servir a uma política comercial adequada de competir internamente, vai tornar os preços mais atrativos para o consumidor e diminuir o impacto na inflação”, afirmou o ministro.
Ele não só comemorou a nova estratégia comercial da empresa, como também disse:
“Quem ganha, principalmente, são as brasileiras e os brasileiros com o cumprimento dos nossos compromissos de governo de anunciar, cada vez mais, melhores preços, não só de combustíveis, mas como de energia e outros insumos necessários para melhorar a qualidade de vida do nosso povo”.
O ministro criticou a política praticada pelo governo anterior, que, na visão do atual MME, tornava os custos para o consumidor final mais elevados e praticava uma política de desinvestimento, preparando a empresa, segundo ele, para uma possível privatização. Agora, Silveira acredita que a empresa se tornará ainda mais atrativa para investimentos em uma empresa “perene, sólida e equilibrada”.
“O que havia, na verdade, era uma política criminosa contra os brasileiros, que amarrava a maior petroleira do Brasil a preços que não permitia ela ter a sua política de competitividade conforme os seus custos e o seu lucro natural de mercado. Agora, a Petrobras vai ser protagonista, assim como em qualquer setor, de uma disputa interna de preços, conforme seus custos, respeitando a sua governança e natureza jurídica. Mas o governo, liderado pelo presidente Lula, disse de forma clara que nós temos uma grande prioridade: servir ao povo brasileiro”, finalizou.