Estado australiano proíbe fracking
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Coesus) —
A Coalizão anti-Fracking (Coesus) distribuiu uma nota informando que o estado de Victoria, na Austrália, decidiu proteger os agricultores da região e proibirá a utilização da tecnologia conhecida como “fracking” (fraturamento hidráulico) na exploração de campos de gás natural em terra.
A legislação – primeira de seu tipo na Austrália – visa proteger o setor agrícola dos riscos ambientais e de saúde provocados pelos fraturamento hidráulico.
Segundo a Coesus, durante cinco anos os ativistas anti-fracking trabalharam intensamente visando à mobilização da população do estado de Victoria, à pressão sobre os governantes e à promoção das energias renováveis como alternativa à tecnologia, que contamina as reservas de água no subsolo.
A 350.org articula um movimento internacional para denunciar as mudanças climáticas e lutar contra a indústria dos combustíveis fósseis principalmente nos Estados Unidos, Inglaterra, Brasil e vários países da América Latina. A 350.org Brasil e América Latina é uma das coordenadoras da Coesus – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida, frente multissetorial que leva informação e desenvolve pesquisas sobre os riscos e perigos do fracking, através da realização de seminários, oficinas de capacitação e audiências públicas.
De acordo com o coordenador de Campanhas Climáticas da 350.org e fundador da Coesus, Juliano Bueno de Araujo, já foram realizadas mais de 200 audiências públicas e outras 100 estão sendo articuladas. “Computamos até agora 72 cidades livres do fraturamento hidráulico em território brasileiro ao aprovar legislação municipal proposta pela campanha Não Fracking Brasil para impedir o uso desta tecnologia minerária suja e perversa”, explica Juliano.
A Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) leiloou em 2013 blocos para a exploração de gás de xisto na 12ª Rodada. Nos cálculos da Coesus, os blocos leiloados estão sob os principais aquíferos que abastecem mais de 40 milhões de pessoas, regiões de grande performance para a produção agrícola e de pecuária, áreas de floresta, territórios indígenas e de comunidades tradicionais e de preservação ambiental.
(O site “Paranoá Energia” não integra a Coesus, mas, de forma independente, oferece o seu apoio ao movimento anti-fracking)