Pela 1ª vez, SIN é comandado só por mulheres
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME/ONS) —
Esta terça-feira, 16 de janeiro de 2023, ficará marcada na história como o primeiro dia em que uma equipe 100% feminina cobriu um turno de monitoramento do Sistema Interligado Nacional (SIN). Quatro servidoras do Operador Nacional do Sistema (ONS) foram as responsáveis pelo monitoramento das regiões Norte e Centro-Oeste, das 6 às 14 horas, na sede do operador, em Brasília.
As operadoras assumiram o comando das instalações de geração e transmissão de energia elétrica para garantir o pleno atendimento à carga de forma otimizada e segura. A operação monitorou mais da metade do território nacional, em 10 estados e no Distrito Federal.
O diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, comemora a representatividade feminina. Para ele, é preciso incentivar a busca por representatividade. “Não é apenas uma conquista do ONS, mas também um exemplo que essas profissionais estão levando a outras mulheres, que podem conquistar espaços nas empresas e no setor elétrico. As capacidades, competências e visão de mundo de cada uma dessas funcionárias contribuem para o nosso trabalho”, afirma.
“Esse é um momento muito importante e pode ser um incentivo para trazer novas meninas e mulheres para se interessarem pela área. Assim, elas vão poder assumir essa função de levar energia para todo o Brasil”, conta Wanessa Santos, coordenadora de monitoramento das regiões Norte e Centro-Oeste. Em todo o Brasil, o ONS possui cinco centros de operação e uma equipe de 142 colaboradores para cumprir os turnos, sendo 21 mulheres. De acordo com o órgão, a participação feminina está em crescimento nos últimos anos.
Atualmente, as mulheres representam quase 40% dos cargos de liderança do Ministério de Minas e Energia. O percentual é o dobro da realidade encontrada nos setores de minas e energia (cerca de 20%). O trabalho realizado pelo MME com os setores é para que esse número cresça. Em 2023, foi estruturada uma Assessoria de Participação Social e Diversidade (ASPD) que é responsável pelo Comitê Permanente para as Questões de Gênero, Raça e Diversidade do MME e Entidades Vinculadas (Cogemmev) e está construindo, junto ao Comitê, uma política voltada para a diversidade.