Operador publica planejamento até 2028
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) publicou o Sumário Executivo do Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional – PAR/PEL 2023 para o horizonte de 2024 a 2028. O documento apresenta os detalhes dos investimentos estimados em R$ 49 bilhões, dado que já havia sido divulgado no final de dezembro de 2023, quando o Operador apresentou as informações iniciais do PAR/PEL.
Anualmente, o ONS desenvolve o PAR/PEL com as perspectivas do desempenho do Sistema Interligado Nacional (SIN) num horizonte de cinco anos à frente. O objetivo é ter subsídios para que a operação mantenha os seus elevados padrões de qualidade, segurança e custo. O PAR/PEL indica sugestões de medidas operacionais a serem adotadas, assim como as obras de ampliações, reforços, melhorias e seus respectivos cronogramas.
Adicionalmente, nesse ciclo, são apresentados dois temas sobre os Desafios da Operação das Fontes Renováveis Variáveis e a Importância da Transmissão. Esses pontos estão relacionados a questões como o atendimento às rampas de carga comuns na transição entre os períodos diurno e noturno: os momentos em que é preciso superar rampas de até 25 GW, valores que devem chegar a 50 GW em 2028.
São desafios que se relacionam às inflexibilidades de geração e às estratégias para ampliação da transmissão. Um setor elétrico com este desenho, na avaliação do ONS, precisa de flexibilidade suficiente para permitir que a operação mantenha o controle do balanço carga versus geração e utilize de forma otimizada a capacidade do sistema de transmissão.
Para o ciclo analisado, o perfil dos investimentos é de R$ 4,9 bilhões de novas obras e R$ 44,1 bilhões para projetos de ciclos anteriores que estão sem outorga. Neste segundo grupo, estão, por exemplo, R$ 21,7 bilhões em linhas de transmissão e novas subestações, leiloados em 15 de dezembro de 2023.
Na análise por estado, observa-se que cinco deles concentram cerca de 71% dos futuros investimentos: Maranhão (R$ 9,9 bilhões), Goiás (R$ 8,5 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,3 bilhões), Piauí (R$ 4,7 bilhões) e Bahia (R$ 4,6 bilhões).