Raízen reverte lucro e fica no prejuízo
A Raízen registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 6,9 milhões no primeiro trimestre do ano fiscal 2024/25, que compreende o período entre 1º de abril e 30 de junho de 2024, e reverteu o lucro de R$ 527 milhões que havia sido registrado em igual intervalo da safra anterior. A companhia também informou lucro líquido de R$ 1,066 bilhão, alta de 58,8% em comparação com igual intervalo de 2023/24.
A receita líquida da Raízen cresceu 18,3%, de R$ 48,822 bilhões de abril a junho de 2023 para R$ 57,759 bilhões em igual período de 2024.
Segundo a Raízen, houve expansão em todos os segmentos, refletindo maiores preços de combustíveis em Mobilidade, crescimento da comercialização de açúcar de terceiros e aumento do volume total de etanol vendido.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou positivo em R$ 2,313 bilhões, queda de 29,1% ante R$ 3,265 bilhões de igual trimestre do ano anterior, em valores ajustados.
“Os resultados do primeiro trimestre refletem a sazonalidade do período e estão em linha com o nosso guidance para o ano, com expansão de receita, formação de estoques com maior valor agregado e do lucro líquido, com foco na disciplina de capital e excelência operacional”, afirmou o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, no comunicado de resultados.
A alavancagem fechou o trimestre em um múltiplo de 2,3 vezes a relação de dívida líquida pelo Ebitda dos últimos 12 meses, ante 2 vezes no igual trimestre do ano-safra anterior.
Os investimentos ficaram estáveis em R$ 2,224 bilhões. Já a dívida líquida aumentou 7,6%, para R$ 31,591 bilhões.
Produção e vendas
A Raízen processou 30,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no primeiro trimestre da temporada 2024/25, alta de 15,3% em relação ao igual período do ano-safra anterior. No período, houve alta de 0,5% do ATR, de 123,9 kg/tonelada para 124,2 kg/tonelada, mas recuo de 0,8% do TCH.
A produção de açúcar cresceu 12,5%, para 1,851 milhão de toneladas. A produção de etanol de primeira geração ficou em 1,108 milhão de metros cúbicos, alta de 17,4%. Já a produção de etanol de segunda geração (E2G) avançou mais de 100%, para 16,2 mil metros cúbicos.
O mix de produção foi dividido em 50% para açúcar e 50% para etanol. O volume de vendas de etanol cresceu 18,6%, para 1,274 milhão de metros cúbicos, enquanto a de açúcar avançou 26,1%, para 2,422 milhões de toneladas.