Light fortalece caixa operacional
Da Redação, de Brasília (com apoio da Light) —
O Grupo Light chegou ao final de junho com R$ 2,8 bilhões em caixa. Só a distribuidora gerou o primeiro lucro desde dezembro de 2021, segundo os resultados do balanço divulgados pela empresa.
A Light S.A registrou prejuízo líquido de R$ 51,8 milhões no segundo trimestre de 2024, ante um lucro de R$ 109,4 milhões no mesmo intervalo de 2023. No mesmo período de comparação, o fluxo de caixa operacional, medido pelo Ebitda Ajustado – Capex), ficou em R$ 408 milhões, superior aos R$ 88 milhões do observados no segundo trimestre de 2023.
O caixa líquido de R$ 2,8 bilhões ao final de junho significou um aumento de R$ 672 milhões em relação ao fechamento de dezembro.
No segundo trimestre, os credores da Light aprovaram o plano de recuperação judicial da Companhia com condições que preservam a capacidade de pagamento das dívidas e a manutenção de investimentos necessários para garantir a qualidade de atendimento na concessão.
“O apoio dos credores ao plano de recuperação judicial, com aprovação quase integral daqueles que estiveram representados na assembleia, mostra a confiança deles e dos acionistas na recuperação da Light”, disse Alexandre Nogueira, presidente da Companhia.
Até setembro, todos os credores da Companhia terão escolhido suas opções de pagamento, o que definirá o novo perfil da dívida da Light. Esse novo desenho da dívida estará refletido nos resultados da empresa a partir do terceiro trimestre.
Nas demonstrações do segundo trimestre, as despesas financeiras foram contabilizadas conforme os custos dos contratos originais de dívida, negativamente afetados pela variação cambial no período.
No lado operacional, a Light Sesa começou a apresentar melhorias por conta de aspectos conjunturais e estruturais e registrou lucro líquido de R$ 119,2 milhões – esse é o primeiro resultado trimestral positivo da Distribuidora desde dezembro de 2021. O desempenho se deve à adoção pela administração de medidas focadas na preservação do caixa e no aumento da eficiência operacional.
“No trimestre, houve uma melhora de mercado e da arrecadação, com efeito positivo no caixa. A Distribuidora também está aprimorando seus processos internos, principalmente de cobranças e combate a perdas nas áreas em que consegue atuar; além de manter o foco em investimentos que tragam retorno no curto prazo”, disse Rodrigo Tostes, diretor financeiro da Light S.A.
O Ebitda Ajustado da Distribuidora cresceu 135% para R$ 623,6 milhões no segundo trimestre. A arrecadação total ex REN (12meses) ficou em 98,6% em junho, um avanço de 0,8 ponto percentual em relação ao mesmo período encerrado em junho de 2023.
A Light está acompanhando o processo de renovação do contrato da distribuição, a partir das diretrizes que constam no decreto publicado em maio.
Para Nogueira, o segundo trimestre trouxe avanços relevantes no lado financeiro, com a aprovação do plano de recuperação judicial e melhoria dos processos de cobrança e arrecadação. “A construção de um ambiente de atuação eficiente com equilíbrio financeiro e econômico vai garantir a sustentação da ‘nova Light’ em seu compromisso de levar atendimento cada vez de melhor qualidade à população do Rio de Janeiro”, disse o presidente da Light SA.
A geradora Light Energia e a Light Comercializadora encerraram o trimestre com prejuízo de R$ 106,9 milhões. O resultado foi afetado pelo fim da vigência de contratos relevantes e com valores acima da média atual do mercado.