ONS adota medidas operativas adicionais
Da Redação, de Brasília (com apoio do ONS) —
Preocupado com as chuvas abaixo da média, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a adoção de medidas operativas adicionais e de caráter preventivo, visando a garantir o suprimento de energia elétrica.
Segundo um comunicado disponibilizado na internet, o Operador garantiu que “não há qualquer problema de atendimento energético e que o Sistema Interligado Nacional (SIN) dispõe de recursos suficientes para atender a demanda por energia”.
Contudo, o ONS vem reportando já há alguns meses que a afluência, ou seja, o volume de água que chega ao reservatório de uma usina hidrelétrica e que pode ser transformado em energia, está abaixo da Média de Longo Termo (MLT), que é a média verificada para um histórico de 94 anos de medições.
“Com as chuvas abaixo do esperado, há uma menor disponibilidade de recursos hidráulicos, especialmente na região Norte do país, cuja contribuição para o atendimento à ponta de carga é fundamental. Dessa forma, para os períodos do dia de maior consumo de carga, que acontece à noite, especialmente, para os meses de outubro e novembro, o cenário exige a adoção de medidas operativas adicionais e de caráter preventivo, que foram apresentadas no começo de agosto ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)”, assinala o comunicado.
As medidas indicadas pelo ONS são as seguintes:
– Minimizar o despacho das usinas hidrelétricas do subsistema Norte, para preservação dos recursos hídricos da região, já com vistas ao atendimento à ponta de carga nos meses de outubro e novembro;
– A maximização da disponibilidade de potência ao final do período seco, o que considera o adiamento de manutenções, quando possível, e a antecipação do retorno de ativos indisponíveis;
– Acionamento de usinas termelétricas a GNL com despacho antecipado, como a antecipação para despacho da UTE Termopernambuco, já a partir de outubro de 2024.
– A ampliação do uso de ferramentas como os mecanismos de resposta da demanda.
O Operador reforçou que todas essas medidas adicionais são preventivas e tomadas justamente para atender a demanda da sociedade, não havendo risco de desabastecimento de energia.