CPFL lucra R$ 1,3 tri no terceiro trimestre
Da Redação, de Brasília (com apoio da CPFL Energia) —
O Grupo CPFL Energia encerrou o terceiro trimestre de 2024 com um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,2 bilhões, alta de 0,7% em relação a igual período de 2023. No acumulado dos nove meses do ano, o resultado foi de R$ 9,9 bilhões, crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2023.
O lucro líquido do trimestre foi de R$ 1,3 bilhão, aumento de 1,5%, e no acumulado foi de R$ 4,2 bilhões, com um recuo de 0,5% frente ao mesmo período do ano de 2023.
O mercado faturado, considerando as vendas na área de concessão, registrou um aumento no volume de venda de energia, com crescimento de 4,1% no terceiro trimestre, favorecido, sobretudo, pelo desempenho das classes residencial, comercial e industrial, que apresentaram crescimento de 4,0%, 4,3% e 4,0%, respectivamente, influenciadas por um melhor momento econômico e pelo aumento da temperatura no estado de São Paulo, impulsionado pelas temperaturas mais elevadas, que aumentou em 0,6ºC no trimestre e 1,5 ºC no acumulado, em comparação com o mesmo períodos do ano anterior, o que influenciou o consumo.
Destaque para o consumo mais forte da indústria na área de concessão. Os segmentos que mais demandaram e consumiram energia no período foram o químico, plástico e da borracha, produtos metálicos e veículos. A recuperação da indústria também foi constatada no Rio Grande do Sul, demonstrando a rápida retomada da atividade econômica do estado após as chuvas em abril e maio desse ano.
No entanto, a inadimplência das distribuidoras permaneceu em patamar mais elevado, resultando em um indicador de 1,22% (PDD/Receita de Fornecimento). Esse resultado deve-se principalmente às altas temperaturas, que elevaram o ticket médio das faturas dos clientes, além da impossibilidade de execução de cortes no estado do Rio Grande do Sul, em decorrência das enchentes que acometeram o estado.
InvestimentosFLFL
No terceiro trimestre totalizaram R$ 1,5 bilhão, representando um aumento de 17,8% em relação aos mesmos três meses do ano passado. Desse montante, 76% foram direcionados ao negócio de Distribuição, visando à expansão, melhoria e modernização das redes das quatro concessionárias do grupo.
Gustavo Estrella, CEO do Grupo CPFL Energia, reforça o compromisso contínuo com os investimentos. “Em nosso plano a estimativa é atingir um Capex de R$ 28,3 bilhões, nos próximos cinco anos, visando robustecer a qualidade do serviço e modernizar as redes de distribuição e transmissão”, afirma.
Na Geração, apesar de condições de vento bem mais favoráveis do que as registradas no mesmo período do ano passado, as restrições impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS (curtailment, no jargão do setor), promoveram um recuo no volume de energia eólica faturada. Desconsiderando o impacto das restrições impostas, a geração teria apresentado um aumento de 19,5% na quantidade gerada pelas eólicas do Grupo.
Quanto à Transmissão, na análise regulatória, houve queda no valor do Ebitda por conta da revisão tarifária, que já era prevista pela CPFL. Para o ciclo 2024-2025, as transmissoras do grupo receberão o valor de R$ 1,057 bilhão de RAP (Receita Anual Permitida).