Candidatos à sucessão de Reive, na Aneel
Maurício Corrêa, de Brasília —
Embora o mercado desconfie (e muito) que o diretor Reive Barros quer deixar a Aneel, em Brasília, e assumir a presidência da Chesf, em Recife, retornando em alto estilo à terra natal, na verdade ele nunca deu um pio sobre o assunto, pelo menos em público. Ainda assim, vários nomes já estão sendo falados como candidatos para assumir o posto na diretoria colegiada da agência reguladora.
Nesta terça-feira, 13 de dezembro, a Rádio Corredor da Aneel indicava, por exemplo, que a Casa ficaria muito satisfeita se o sucessor de Reive fosse um nome técnico. Nesse contexto, três atuais superintendentes da Aneel estariam dispostos ao sacrifício: Christiano Vieira da Silva, superintendente de Regulação dos Serviços de Geração; Hélvio Neves Guerra, superintendente de Concessões e Autorizações de Geração; e Davi Antunes Lima, superintendente de Gestão Tarifária.
Os três são craques no que fazem e reúnem todas as condições profissionais para substituir Reive Barros. Mas, correndo por fora da Aneel existe um nome que politicamente é muito forte. Trata-se do ex-reitor da Universidade de Brasília, Ivan Marques de Toledo Camargo. Engenheiro eletricista e professor, foi chefe de Departamento da Engenharia Elétrica na UnB e, em épocas diferentes, também ocupou cargos de confiança na própria Aneel, como assessor da Diretoria e como superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição.
O principal elo político de Ivan Camargo, hoje, sem dúvida chama-se Paulo Pedrosa, o discreto — mas igualmente poderoso — secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia. Camargo e Pedrosa são amigos pessoais há muitos anos, trabalharam juntos na Aneel e também militaram no PSDB, partido em que Pedrosa foi secretário-executivo Nacional e Camargo foi uma espécie de assessor informal para a área de energia elétrica.