Histórias de PLD
Enquanto os agentes do mercado debatem a canetada que mandou recalcular o PLD de novembro, vai passando mais uma boiada em relação ao PLD de dezembro último. O cálculo é feito com base em previsões de vazão nos reservatórios, que costumam ser mais ou menos corretas.
Mas, mesmo quando o final de novembro já indicava a seca, foi previsto um dilúvio para dezembro, que como se sabe não ocorreu. O resultado é que entre o previsto e o realizado a diferença é na ordem de 15 mil MW médios, o que corresponde a todo o parque térmico do Sudeste.
Em termos de PLD, a diferença fica em torno de R$ 40,00/MWh, que levaria a um preço realista na casa dos R$ 161,00/MWh, e não os R$ 122,42/MWh oficialmente embasados no erro de previsão. Isso mostra que realmente é preciso repensar esse negócio de definir o preço do PLD, em bases computacionais, para ter que alterar depois, quando o computador bate com a realidade.
O ONS é sério e seus técnicos são altamente qualificados. Mas como é difícil fazer com que São Pedro entenda o modelo brasileiro, a indefinição vai apenas continuar, gerando estresse todas as vezes que o valor do PLD precisa ser alterado