Metas de Paris: Summit analisa investimentos
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Única) —
Os desafios para a expansão da produção de etanol e bioeletricidade nos próximos 13 anos, tendo em vista o plano brasileiro de luta contra o aquecimento global firmado no Acordo de Paris — o que demandará investimentos de US$ 40 bilhões no setor sucroenergético, estarão em pauta no Ethanol Summit 2017. Para discutir o tema, o evento terá a participação de Christopher Garman, um dos mais influentes cientistas políticos da atualidade.
Diretor da consultoria internacional Eurasia Group, especializada em identificar oportunidades de investimentos em mercados emergentes, inclusive no agronegócio brasileiro, o executivo é presença garantida entre os mais de 100 palestrantes convidados para o maior congresso nacional sobre energias renováveis produzidas a partir da cana. Neste ano, o Ethanol Summit, que também tem entre seus apoiadores o Eurasia Group, acontecerá nos dias 26 e 27 de junho, no Golden Hall do WTC, em São Paulo (SP).
Mestre em Ciências Políticas pela Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), Garman é um dos nomes mais respeitados quando o assunto é gestão macroeconômica de países da América Latina. O especialista desempenha um papel estratégico junto a multinacionais, fundos hedge e investidores estrangeiros no aconselhamento sobre o impacto da política sobre os riscos e oportunidades em mercados como o Brasil.
Completando 10 anos de história, o Summit deste ano terá como tema central “Um salto para 2030”, em que serão debatidas estratégias para que os biocombustíveis alcancem 18% de participação na matriz energética nacional até 2030, o que exigirá dobrar a atual produção de etanol de 28 bilhões de litros para 50 bilhões de litros. Outro desafio imposto ao setor sucroenergético no plano assinado pelo governo brasileiro em Paris está no propósito de se elevar de 10% para 23% a presença das fontes biomassa (da qual a cana tem 90% de participação), solar e eólica exclusivamente na matriz elétrica.
O Summit 2017, que tem entre seus patrocinadores a Syngenta, FMC, Apex-Brasil, Clariant, KPMG e o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), será organizado pela multinacional suíça MCI Group, presente em 61 cidades de 31 países, e pela consultoria em comunicação estratégica MediaLink.