Situação difícil para ministro do MME
Maurício Corrêa, de Brasília —
A permanência no cargo do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, ficou muito difícil, depois que o seu partido, o PSB, fechou questão contra as propostas do Governo referentes às reformas trabalhista e da Previdência.
Ao optar pela defesa das suas bandeiras históricas, o PSB alegou que nunca integrou o Governo Temer e que jamais solicitou cargos no Executivo, deixando muito claro que a escolha do deputado Fernando Bezerra Coelho Filho, de Pernambuco, para o cargo de titular do Ministério de Minas e Energia, foi uma decisão rigorosamente pessoal do presidente da República.
Até o próprio pai do ministro, o senador Fernando Bezerra Coelho, argumentou que o presidente Temer deve ficar à vontade para tirar ou não o seu filho do cargo.
É provável que em um primeiro momento não aconteça nada no MME, até porque Temer ainda tem esperança de poder garimpar alguns votinhos na bancada do PSB e, para isso, espera contar com a ajuda de Coelho Filho. Mas o fato concreto é que a figura do ministro, a partir de agora, ficou muito desgastada politicamente e, como no próximo ano ele iria mesmo renunciar para se desincompatibilizar do cargo para enfrentar as urnas, é possível que prefira antecipar a decisão, para poder ficar bem junto às bases partidárias.