PLD sobe 5% em todos os submercados
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
O PLD aumentou 5% em todos os submercados. O preço da terceira semana de julho passou de R$ 253,45/MWh para R$ 266,98/MWh no Sudeste, Sul, Nordeste e Norte, registrando-se uma queda na previsão de afluências de 70% para 66% da média em julho, o que contribuiu para a subida do preço. A informação foi divulgada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), salientando que o fator de ajuste do MRE esperado para julho é de 66,9%, enquanto o ESS deve ficar em R$ 25 milhões no período.
O preço permaneceu equalizado em todo o país, uma vez que os limites de intercâmbio entre os submercados não foram atingidos em nenhum patamar de carga. A queda de 70% para 66% da média história na previsão de afluências para o Sistema Interligado Nacional – SIN, em julho, é o principal fator para o aumento do preço. Há expectativa de redução nas ENAs para o Sudeste (82% para 80%), Sul (58% para 47%) e Norte (64% para 61%) com manutenção da previsão anterior na região Nordeste, em 33% da média.
A análise da CCEE indica ainda queda de 700 MWmédios na carga prevista para o Sistema com reduções na região Sudeste (-350 MWmédios), Sul (-100 MWmédios) e Nordeste (-300 MWmédios). A carga esperada para o Norte deve ficar 50 MWmédios superior à última previsão.
Na comparação com a expectativa da semana anterior, os níveis dos reservatórios do SIN registraram redução em torno de 330 MWmédios de energia armazenada, permanecendo estáveis no Sudeste. Os índices elevaram-se em 100 MWmédios apenas no Nordeste e caíram no Sul (-400 MWmédios) e no Norte (-30 MWmédios).
A CCEE também informou que o consumo de energia elétrica nos cinco primeiros meses de 2017 alcançou 63.521 MW médios no país, montante 1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram consumidos 62.899 MW médios.
A análise por ambiente, por sua vez, confirma o crescimento do consumo no Ambiente de Contratação Livre (ACL), explicado pelo movimento de migração dos consumidores vindos do Ambiente de Contratação Regulada (ACR).
O mercado livre (ACL), no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, registrou o consumo de 18.083 MW médios entre janeiro e maio deste ano. No mesmo período de 2016, esse montante foi de 14.838 MW médios, aumento de 22% no consumo, principalmente por conta das cargas vindas do mercado regulado.
Já no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras de energia, o consumo total nos cinco primeiros meses foi de 45.437 MW médios, frente aos 48.061 MW médios registrados no ano passado, determinando uma retração de 5,5% no consumo total.
Os números confirmam também o aumento da representatividade do mercado livre em relação ao consumo total no país. Em 2016, o ACL era responsável por 23,6% no consumo, montante que atingiu 30% nos cinco primeiros meses do ano.
Ao longo de 2016, a Câmara de Comercialização registrou 2.236 empresas que optaram pela migração para o mercado livre de energia. Em 2017, já foram 895 migrações, sendo 817 consumidores especiais e 78 consumidores livres.