PLD vai a R$ 514,66: aumento de 91%
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informouque o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 29 de julho e 4 de agosto passou de R$ 269,76/MWh para R$ 514,66/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, aumento de 91%. O preço permanece equalizado em todo o país, uma vez que os limites de intercâmbio entre os submercados não foram atingidos em nenhum patamar de carga.
Em julho, as afluências para o Sistema devem fechar em 63% da Média de Longo Termo – MLT, abaixo da média para todos os submercados. Para agosto, a expectativa é de ENAs em 67% da MLT, mantendo o cenário atual com índices abaixo da média nos quatro submercados: Sudeste (78%), Sul (59%), Nordeste (31%) e Norte (63%).
A expectativa é que a carga prevista para a próxima semana fique em torno de 760 MWmédios mais alta, aumento esperado em todos os submercados, exceto no Sul (-20 MWmédios). A elevação da carga é esperada sobretudo no Sudeste (+440 MWmédios), fator que também contribui para a elevação dos preços.
Já os níveis dos reservatórios do SIN ficaram 470 MWmédios inferiores à última previsão com reduções no Sudeste (-410 MWmédios) e no Sul (-300 MWmédios). No Nordeste e no Norte, os níveis subiram em torno de 105 MWmédios e 135 MWmédios, respectivamente.
O fator de ajuste do MRE previsto para julho é de 64,8%, enquanto a previsão para agosto é de 62,5%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 42,5 milhões para julho, sendo R$ 34 milhões referentes à restrição operativa. Já para agosto, a previsão indica encargos de apenas R$ 1,08 milhão, valor também referente à restrição operativa.
CONSUMO
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 25 de julho apontam quedas de 2,2% no consumo e de 1,9% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo, em julho, totalizou 56.545 MW médios no Sistema Interligado Nacional – SIN, retração de 2,2% frente ao volume de energia consumido nos mesmos dias de 2016. Houve queda de 6,9% no Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Excluindo esse impacto, o ACR registraria diminuição de 1,2%.
No Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrado aumento de 10,1% no consumo, número que inclui os novos consumidores vindos do mercado cativo (ACR). Caso a migração não fosse considerada, haveria queda de 4,7% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de retração no consumo de energia no período, excluindo a migração, pertencem aos segmentos de bebidas (-10,3%), minerais não metálicos (-8,5%) e transporte (-7,3%).
A análise da geração de energia no Sistema, em julho, também aponta queda na produção das usinas com 59.070 MW médios entregues, montante de energia 1,9% inferior ao gerado em 2016. O número tem grande influência da diminuição de 11% na geração das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. As gerações eólica (+23,9%) e térmica (+21,9%), por sua vez, apresentaram desempenho superior no período.