Petrobras lucra R$ 4,8 bi no 1º semestre
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Petrobras) —
O lucro líquido da Petrobras atingiu R$ 4,8 bilhões no primeiro semestre de 2017, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior e refletindo a melhora no desempenho operacional da companhia, apesar da menor venda de derivados no mercado brasileiro.
Esse resultado foi alcançado pelo aumento da receita com exportações, em função de maiores volumes e preços de petróleo, assim como menores despesas de vendas, gerais e administrativas e menores gastos com importações de petróleo, derivados e gás natural, além do ganho apurado com a venda da participação na Nova Transportadora do Sudeste (NTS). Por outro lado, houve gastos com adesão aos programas de regularização tributária (PRT e PERT) e maiores participações governamentais, devido ao aumento da cotação do Brent.
No primeiro semestre deste ano, a Petrobras registrou produção total de petróleo e gás natural de 2.791 mil boed, sendo 2.671 mil boed no Brasil, 6% acima do registrado no primeiro semestre do ano passado. Destacou-se a entrada em operação, em maio, da plataforma P-66, na área de Lula Sul, no pré-sal da Bacia de Santos e o recorde mensal de produção operada de petróleo e gás natural na camada pré-sal, atingido em junho, de 1.686 mil barris de óleo equivalente por dia (boed).
A petroleira alegou que as vendas de derivados no mercado doméstico foram impactadas pela retração da demanda e pela concorrência mais acirrada com os demais players, atingindo 1.943 mil bpd, uma queda de 7% em comparação com o primeiro semestre de 2016. A companhia manteve sua posição de exportadora líquida com saldo de 401 mil bpd, em função do aumento em 48% das exportações de petróleo e derivados e da redução em 25% das importações, em comparação ao mesmo exercício de 2016. Contribuiu para a diminuição nas importações o aumento da participação de óleo nacional na carga processada.
Com a maior geração operacional e a redução de investimentos , a companhia alcançou um fluxo de caixa livre de R$ 22,7 bilhões nos primeiros seis meses deste ano e de R$ 9,3 bilhões no segundo trimestre de 2017. Completou-se o nono trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo.
A continuidade de uma gestão ativa da dívida possibilitou o alongamento do prazo médio de 7,46 anos, em 31 de dezembro passado, para 7,88 anos, em 30 de junho deste ano, bem como a redução do endividamento líquido em dólares em 7%, que passou de US$ 96,4 bilhões, ao final de dezembro de 2016, para US$ 89,3 bilhões ao final do primeiro semestre deste ano.
O Ebitda Ajustado foi de R$ 44,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, 6% superior ao mesmo período do ano anterior, tendo alcançado um margem de 33%. No trimestre, o Ebitda Ajustado foi de R$ 19,1 bilhões. Com isso, a métrica financeira Dívida líquida/Ebitda Ajustado traçada pela Petrobras no seu Plano de Negócios e Gestão foi reduzida de 3,54 em 31 de dezembro de 2016, para 3,23 em 30 de junho passado.
O efetivo de pessoal da companhia em 30 de junho últlimo foi de 63.152 empregados, uma redução de 18% em comparação a 30 de junho de 2016 em função do Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV).