PLD cai 3% e é fixado em R$ 505,61 por MWh
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 19 e 25 de agosto caiu 3%, ao passar de R$ 521,83/MWh para R$ 505,61/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. O preço permanece equalizado em todos os submercados, uma vez que os limites de intercâmbio entre eles não foram atingidos em nenhum patamar de carga.
A previsão de afluências para o Sistema Interligado Nacional subiu de 67% para 68% da Média de Longo Termo – MLT, fator decisivo para a redução do PLD, sobretudo no Sudeste, onde as ENAs esperadas passaram de 79% para 82% da média histórica. No Sul (56%) e no Nordeste (33%), a previsão da semana passada se manteve, enquanto no Norte foi reduzida de 63% para 61% da MLT.
Já a expectativa de carga para a próxima semana está 460 MWmédios mais baixa e também impacta na queda do PLD. A redução é esperada no Sul (-90 MWmédios), no Nordeste (-125 MWmédios) e, principalmente no Sudeste (-305 MWMédios). No Norte, a expectativa é de que a carga fique 60 MWmédios mais alta.
Os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 180 MWmédios mais baixos frente à previsão da semana anterior com reduções no Sudeste (-205 MWmédios) e no Sul (-160 MWmédios). Houve elevação dos níveis no Nordeste (+105 MWmédios) e no Norte (+80 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE esperado para agosto foi revisto de 62,6% para 61,7%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o período é de R$ 13,3 milhões, valor integralmente relacionado à restrição operativa.
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 de agosto indicam retração de 1,4% no consumo e de 1% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
A análise indica o consumo de 58.081 MW médios no Sistema Interligado Nacional – SIN, queda de 1,4% frente ao montante registrado no mesmo período do ano passado. O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, teve queda de 4,9%, número impactado pela migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Haveria um pequeno aumento de 0,3%, caso esse movimento fosse desconsiderado.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, houve aumento de 8% no consumo, número que também inclui na análise os novos consumidores vindos do mercado cativo (ACR). Excluindo esse impacto da migração, o ACL teria queda de 5,5% no consumo.
A avaliação do consumo de energia por ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, aponta que os maiores índices de retração no período, excluindo a migração, pertencem aos segmentos de bebidas (-13,1%), minerais não metálicos (-11,9%) e metalurgia e produtos de metal (-8,1%). Os setores de saneamento (+5,8%) e de veículos (+5,7%), por sua vez, registraram incremento no consumo dentro do mesmo cenário de migração.
Na primeira quinzena de agosto, a geração de energia no Sistema somou 60.439 MW médios, montante de energia 1% inferior ao gerado no ano passado, retração impactada pela queda de 13,9% na produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. Foi observado aumento na geração das usinas eólicas (+26,7%) e térmicas (+29,1%) no período.
O InfoMercado Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em agosto, o equivalente a 62,6% de suas garantias físicas, ou 37.339 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 68,1%.