32 empresas inscritas para 14ª rodada de óleo
A Comissão Especial de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) aprovou nesta sexta-feira, 25 de agosto, a inscrição de mais quatro empresas na 14ª Rodada de Licitações, chegando a um total de 32. A comissão analisou os oito últimos pedidos, dos quais quatro foram aprovados. Outras 28 empresas já haviam sido aceitas nas reuniões realizadas nos dias 9, 16 e 23 de agosto. A 14ª Rodada de Licitações será realizada no dia 27 de setembro, no Rio de Janeiro.
Quatro empresas foram aprovadas nesta sexta-feira, na última reunião da Comissão Especial de Licitações. Há uma estrangeira entre as quatro, a Petrogal, de Portugal. As demais – Greenconsult Consultoria Empresarial – EPP, Petroil Oleo e Gas e PetroRecôncavo – são brasileiras. Apenas a Greenconsult não tem contrato de exploração e produção no Brasil.
Ao todo, 36 companhias preencheram o formulário de inscrição para participar e quatro ficaram de fora. A Nord Oil Gas, Tarmar Energia e Participações e Oceangeo Tecnologia de Exploração de Reservatórios do Brasil não foram inscritas pela Comissão Especial e a Petrobal USA Holdings desistiu da licitação.
Com a inscrição aprovada, a empresa pode apresentar ofertas somente para os blocos localizados nos setores para os quais tenha efetuado o pagamento de taxa de participação e aportado garantia de oferta. O processo de qualificação das companhias (operadora A, B, C ou não operadora) só será feito para as vencedoras no dia da sessão pública de apresentação de ofertas, procedimento adotado a partir da 13ª rodada, realizada em 2015.
Além das quatro empresas aceitas hoje, já estão inscritas Petrobras, CNOOC, Murphy, Queiroz Galvão Exploração e Produção, Great Energy, Imetame Energia, Petro-Victory Energia, Phoenix Empreendimentos, BP Energy do Brasil, DEA Deutsche Erdoel, Exxonmobil, Geopark Brasil Exploração e Produção de Petróleo e Gás, Karoon Petróleo, Muncks & Reboques, Petronas, PTTEP Brasil Investimentos, Repsol, Shell Brasil, Total E&P, Vipetro, Wintershall, Capricorn Brasil Petróleo e Gás, Gran Tierra Energy Brasil, Rosneft Brasil E&P, Tek Óleo e Gás, Parnaíba Gás Natural, Alvopetro e Bertek Produtos, Serviços e Mineração.
A cadeia de exploração e produção (E&P) do setor de petróleo e gás tem investimentos potenciais a receber de R$ 510 bilhões no período de 2017 a 2027, estima o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone.
A projeção inclui aportes em projetos exploratórios (R$ 10 bilhões) e de produção (R$ 240 bilhões) já em curso até 2021, que significariam 150 novos poços exploratórios e mais 20 novas unidades de produção.
A este montante se somariam os investimentos em novos blocos exploratórios que serão leiloados nas próximas rodadas de licitações do setor, a partir de setembro. Nesse caso, a previsão é de R$ 260 bilhões investidos de 2019 a 2027, traduzidos em 300 novos poços marítimos e 17 novas plataformas. Essas seriam as unidades necessárias para produzir mais 2 milhões de barris por dia em 2027.
Oddone mencionou medidas importantes para impulsionar a atividade do setor, como a solução da questão da cessão onerosa entre Petrobras e União, alterações relativas ao conteúdo local e o destravamento de licenças ambientais.O diretor-geral da ANP afirmou esta semana que a próxima prioridade da agência será impulsionar a recuperação da produção em campos maduros em declínio. A ANP se preocupa com o fato de a produção brasileira estar crescendo apenas em função do pré-sal.
Em palestra no O&G TechWeek, evento do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), no Rio, Oddone destacou a importância da tecnologia para o setor, que passará por fortes mudanças com questões como a transição para uma economia de baixo carbono no mundo. Para o executivo, o pico de demanda por petróleo se dará entre 2030 e 2040.
“Não temos tempo a perder, precisamos conhecer o potencial exploratório brasileiro antes que a era do petróleo acabe. A tecnologia vai nos ajudar no pré-sal, a aumentar fator de recuperação da indústria”, disse. De acordo com dados da ANP citados por ele, no Brasil menos de 5% das áreas sedimentares estão contratadas e há apenas 30 mil poços perfurados.
Oddone contou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a ANP estão discutindo em conjunto a criação de um fundo para financiar a cadeia de fornecedores do setor. “Estamos caminhando para ter um mercado diversificado e competitivo em todos os segmentos da indústria”, afirmou.