PLD cai 11% em todos os submercados
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 26 de agosto e 1º de setembro caiu 11%, ao passar de R$ 505,61/MWh para R$ 449,04/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. O preço permanece equalizado em todos os submercados, uma vez que os limites de intercâmbio entre eles não foram atingidos em nenhum patamar de carga.
Em agosto, a previsão de afluências para o Sistema Interligado Nacional – SIN deve fechar em 70% da Média de Longo Termo – MLT, abaixo da média para todos os submercados. Para setembro, a expectativa é de ENAs em 80% da MLT, aumento que impacta diretamente na redução do PLD.
A carga esperada para a próxima semana está 80 MWmédios mais alta com pequenos aumentos esperados em todos os submercados com exceção do Sudeste, cuja estimativa é praticamente a mesma que a anterior.
Vale lembrar que, a partir de setembro, serão considerados os dados provenientes da segunda revisão quadrimestral do planejamento anual da operação energética, com destaque para a revisão dos dados da carga que apresentou uma redução média em torno de 380 MWmédios para os próximos anos (2018 a 2021). Já para os últimos meses de 2017, a redução média está em aproximadamente 370 MWmédios.
Os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 1.110 MWmédios mais altos frente à previsão da semana anterior, também contribuindo para a redução do PLD. A elevação foi verificada em todos os submercados: Sudeste (+815 MWmédios), Sul (+120 MWmédios), Nordeste (+105 MWmédios) e Norte (+70 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE previsto para agosto é de 61% e o índice para setembro é de 64,7%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 14,3 milhões para agosto, valor integralmente relacionado à restrição operativa. Em setembro, o ESS previsto é de R$ 7,35 milhões, também referente à restrição operativa.
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 22 de agosto indicam queda de 1,4% no consumo e de 1,2% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN somou 58.264 MW médios, montante 1,4% inferior ao registrado nos mesmos dias do ano passado. Houve retração de 5,6% no consumo do Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento fosse desconsiderado, o consumo registraria pequena queda de 0,3%.
A análise no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, por sua vez, indica aumento de 9,7% no consumo, variação causada pelo impacto das novas cargas vindas do mercado cativo (ACR). Excluindo esse efeito, haveria retração de 4,1% no consumo nesse ambiente.
Excluindo os efeitos da migração para o ACL, os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas que apresentam maior retração no período são os de minerais não metálicos (-10,2%), de bebidas (-9,5%), e transporte (-6,2%). Os setores de veículos (+7,7%) e de saneamento (+3,6%), por sua vez, registraram incremento no consumo dentro do mesmo cenário de migração.
Já a geração de energia no SIN, em agosto, soma 60.585 MW médios, queda de 1,2% frente à produção em 2016. O índice é explicado pela retração de 14,3% na produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. A geração de usinas eólicas (+28,5%) e térmicas (+29,6%) foi positiva no período.