Valor do PLD volta ao teto: R$ 533,82 por MWh
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 9 e 15 de setembro subiu 8% ao atingir o valor máximo de R$ 533,82/MWh, em todos os patamares, no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte.
A queda na previsão de afluências para o Sistema Interligado Nacional – SIN em setembro (de 70% para 58% da média histórica) é a principal responsável pelo aumento do PLD. As ENAs esperadas para o mês seguem abaixo da média em todos os submercados: Sudeste (71%), Sul (43%), Nordeste (32%) e Norte (50%).
A expectativa é que a carga prevista para o SIN na próxima semana não sofra alteração significativa, com elevação de aproximadamente 100 MWmédios no Sul e redução de 100 MWmédios no Norte.
Já os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 850 MWmédios mais baixos em comparação com a expectativa da última semana. As reduções foram verificadas no Sudeste (-600 MWmédios) e no Sul (-500 MWmédios). No Nordeste (+150 MWmédios) e no Norte e (+100 MWmédios) os níveis de energia armazenada estão mais altos.
O fator de ajuste do MRE previsto para setembro é de para 62,2%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 12,65 milhões para o período, sendo R$ 11,23 milhões relacionados à restrição operativa.
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de agosto indicaram uma retração de 0,6% no consumo e de 0,8% na geração de energia elétrica no país, na comparação com agosto de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN, ao longo do mês de agosto, totalizou 58.859 MW médios, retração de 0,6% na comparação com 59.192 MW médios consumidos no ano passado. O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, registrou queda de 4,9% no consumo, montante que reflete a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Sem esse efeito de mercado, haveria aumento de 0,6% no consumo do ACR.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, a análise indica incremento de 11% no consumo, índice impactado pela chegada de novas cargas vindas do mercado cativo (ACR). Caso esse movimento fosse desconsiderado, o ACL apresentaria queda de 3,4% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de retração no consumo de energia no período, excluindo a migração, pertencem aos segmentos de minerais não metálicos (-9,8%), bebidas (-7,5%) e comércio (-3,3%). No entanto, os setores de veículos (+8,6%) e saneamento (+4,6%) registraram incremento no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada.
A análise da geração de energia no Sistema, por sua vez, indica a entrega de 60.955 MW médios de energia em agosto, montante 0,8% inferior ao do ano passado. A diminuição tem impacto direto da queda de 14% na produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. As usinas eólicas (+27%) e térmicas (+31%), por sua vez, registraram desempenho positivo no período.