Eletrobras vai para Novo Mercado após 2018
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, disse, nesta quinta-feira, 05 de outubro, que a privatização da Eletrobras não deve incluir o enquadramento nas regras do Novo Mercado da B3. Na avaliação dele, isso deve ficar para o futuro, pois não haveria tempo de concluir todo o processo ainda em 2018.
O Novo Mercado é o segmento que lista empresas que possuem, segundo os critérios da B3, os maiores níveis de governança corporativa entre aquelas de capital aberto.
“Há elementos que havíamos pensado, por exemplo, levar a Eletrobras ao Novo Mercado. No nosso entendimento, na visão atual, isso ampliaria o cronograma e comprometeria os prazos que queremos”, afirmou ele, ao participar do 17º Encontro dos Associados da Apine com seus Convidados, em Brasília. “Então, possivelmente, isso será obrigação do novo investidor, e não uma condição prévia ao leilão”, acrescentou.
Pedrosa disse que a modelagem da privatização da Eletrobras é um processo extremamente complexo e que exige a obediência de diversos dispositivos legais. O governo tem cerca de 60% de participação na companhia hoje.
“De um lado, precisamos agir com pressa e velocidade, mas precisamos agir de forma segura. Nesse processo, há um conjunto de segmentos contrariados, por todo tipo de motivos, que se opõem, até mesmo na base do governo e por motivos legítimos, sem dúvida”, afirmou o secretário. “Precisamos encaminhar tudo da maneira mais segura possível, para que não tenhamos nenhuma fragilidade ou processo judicial que comprometa os prazos. Esse é o esforço que estamos fazendo”, acrescentou.
O secretário-executivo acredita que o processo terá sido consolidado até o início de 2018, com a definição do modelo, proposta e a contratação do processo. “A operacionalização disso se dará ao longo tempo, isso ainda está sendo definido. Mas o importante é a clareza em relação ao processo.”