PLD despenca, cai 54% e vai a R$ 208,53/MWh
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 25 de novembro e 1º de dezembro caiu 54% em todos os submercados, ao passar de R$ 449,83/MWh para R$ 208,53/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte e para R$ 208,52/MWh no Sul.
O principal motivo para a queda do preço é a melhora nas afluências previstas para o Sistema Interligado Nacional – SIN que devem fechar novembro em 96% da Média de Longo Termo – MLT, acima da média no Sudeste (102%) e no Sul (132%). Para dezembro, a expectativa é de ENAs em 94% da MLT, com índices em 100% da MLT no Sudeste e em 125% no Sul. As afluências devem se recuperar, mas ainda permanecem abaixo da média no Nordeste (58%) e no Norte (62%).
Já a expectativa de carga para o SIN, na próxima semana, deve ficar em torno de 1.100 MWmédios mais baixa com redução esperada em todos os submercados: Sudeste (-850 MWmédios), Sul (-45 MWmédios), Nordeste (-130 MWmédios) e Norte (-75 MWmédios).
Os níveis dos reservatórios do Sistema ficaram cerca de 930 MWmédios mais altos frente à última previsão, com elevações no Sudeste (+205 MWmédios), Sul (+260 MWmédios), Nordeste (+365 MWmédios) e Norte (+100 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE previsto para novembro é de 67,3% e o índice para dezembro é esperado em 80,7%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para novembro é de R$ 35 milhões, sendo metade do montante referente à restrição operativa e a outra metade à segurança energética. Já para dezembro, a previsão é nula.
Consumo aumenta
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 21 de novembro apontaram aumento de 0,5% no consumo e de 0,6% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Em novembro, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN registra elevação de 0,5% com 59.986 MW médios frente aos 59.672 MW médios consumidos no mesmo período do ano passado. No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, o consumo tem queda de 2,5%, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento de mercado fosse desconsiderado, haveria aumento de 1% no consumo do ACR.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, apresenta elevação de 8,4%, índice que incorpora as novas cargas vindas do mercado cativo (ACR) na análise. Quando a presença desses novos consumidores não é contabilizada nos cálculos, o ACL apresenta leve queda de 0,4% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de metalurgia e produtos de metais (+6,1%), veículos (+1,7%), têxtil (+1,3%) registram incremento no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Nesse mesmo cenário, os maiores índices de retração pertencem aos segmentos de madeira papel e celulose (-9,9%), minerais não-metálicos (-6,6%) e saneamento (-4,2%).
A geração de energia no Sistema, por sua vez, também registra leve aumento em novembro com a entrega de 62.368 MW médios no período, montante de energia 0,6% superior ao registrado em 2016. Os números são impactados pelo aumento de 21,6% na produção de usinas térmicas e de 13,3% na geração eólica. A análise da geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, indica queda de 8,1% no período.
O InfoMercado Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em novembro, o equivalente a 66,84% de suas garantias físicas, ou 39.595 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 71,2%.