Leilão A-4 contrata 674 MW de 25 projetos
Vinte e cinco empreendimentos de geração, proveniente de nove diferentes proprietários, comercializaram energia no leilão de energia nova A-4 realizado nesta segunda-feira, 18 de dezembro. Juntos, esses projetos somam 674,5 MW de potência, ou 228,7 MW médios de garantia física, e consumirão investimentos de R$ 4,286 bilhões. Quando estiverem prontos e iniciarem o fornecimento, o que deve ocorrer em janeiro de 2021, receberão, juntos, uma receita fixa anual de R$ 272,92 milhões.
O maior número de projetos é de fonte solar: um total de 20 projetos, de 5 proprietários diferentes – AES Tietê, EGP Energia, Solatio, Salgueiro e Solar do Sertão – que vão desenvolver usinas fotovoltaicas nos estados de São Paulo, Piauí, Pernambuco e Bahia. Juntos, esses projetos possuem 574 MW de potência e exigirão investimentos de R$ 3,854 bilhões. O preço médio final do leilão para essa fonte foi de R$ 145,68/MWh
Já a fonte eólica, cujos empreendedores esperavam uma significativa negociação neste certame, conseguiram comercializar apenas dois projetos, da Voltalia. A empresa conseguiu contratar seus projetos Vila Paraíba II e Vila Paraíba III, localizados no Rio Grande do Norte, que somam 64 MW de potência, a um preço médio de R$ 108/MWh. Os projetos exigirão investimentos de R$ 357,36 milhões.
Na fonte térmica, a Jalles comercializou energia proveniente de uma usina térmica a biomassa de cana de 25 MW de potência localizada em Goiás, ao preço de R$ 234,92/MWh. O projeto exigirá R$ 44,160 milhões em investimentos.
Por fim, na fonte hídrica, Enervix e Fochink conseguiram negociar contratos. A primeira viabilizou a construção de uma central geradora hidrelétrica (CGH) no Rio Concórdia (ES) de 1,512 MW de potência, ao preço de R$ 179/MWh. Já a Fochink comercializou energia de uma Pequena Central Hidrelétrica no Rio Buriti (MT) com 10 MW de potência, vendendo energia ao preço de R$ 182,05/MWh.
O leilão de energia nova A-4, realizado na manhã desta segunda-feira, propiciou uma economia de R$ 6,8 bilhões para os consumidores de energia, se considerar que o preço médio ao final das negociações foi de R$ 144,51 por megawatt-hora (MWh), o que corresponde a um deságio de 54,65% em relação aos preços-tetos estabelecidos para o certame, destacou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em nota.
O leilão movimentou R$ 5,6 bilhões em contratos, equivalentes a um montante de 39.113.822,40 MWh de energia. Foram contratados 25 empreendimentos de geração, sendo uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), uma Central de Geração Hidrelétrica (CGH), uma térmica movida a biomassa, duas usinas eólicas e outras 20 usinas solares fotovoltaicas. Ao todo, os projetos que foram contratados totalizam 228,7 MW médios de garantia física e as usinas deverão iniciar o fornecimento de energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2021.
O preço médio final do leilão para as usinas hidráulicas foi de R$ 181,63/MWh. No caso da usina térmica movida a biomassa, o preço médio foi de R$ 234,92/MWh, para as plantas eólicas foi de R$ 108/MWh e para as usinas solares o preço médio fechou em R$ 145,68/MWh.
Os contratos são de 30 anos para as usinas hidrelétricas na modalidade por quantidade e 20 anos para as usinas a biomassa, eólicas e solares.
Do lado dos compradores, sete concessionárias de distribuição participaram do leilão: CEA, CEAL, Cepisa, Coelba, Copel D, EDP ES e Elektro.